Barco atinge trapiche de Icoaraci

Um barco com cerca de 200 passageiros, proveniente da Ilha de Cotijuba, acabou atingindo e derrubando a passarela de embarque e desembarque do Trapiche Municipal do Distrito de Icoaraci, em Belém, por volta das 18 horas de ontem (15). Com o acidente, passageiros tiveram que utilizar uma ponte improvisada no local, ou seja, correndo risco de cair nas águas. Não houve feridos no acidente, mas o Corpo de Bombeiros de Icoaraci informou, à noite, que o local está interditado. A expectativa de que atua na ´rea do trapiche é de que ainda hoje a situação seja normalizada. Guardas municipais e técnicos da Prefeitura de Belém atua na área.

Em Nota, a Prefeitura informou ontem: "A Prefeitura de Belém esclarece que não houve desabamento do trapiche de Icoaraci.

As informações iniciais são de que o flutuante utilizado para desembarque se deslocou do trapiche. Ainda não há informações do que teria provocado esse deslocamento.

A Prefeitura informa, ainda, que não houve feridos e que equipes da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob) estão no local para orientar no desembarque da última viagem do barco que faz a linha Municipal Icoaraci-Cotijuba.

Susto

O suboficial do Corpo de Bombeiros de Icoaraci, tenente Júlio Pinheiro, esteve no local do acidente. "Comparecemos aqui para uma avaliação, verificar se houve vítimas no acidente, com as pessoas que trafegam aqui, e foi constatado que não teve nenhum acidente com as pessoas. O problema maior foi com a corrente que se rompeu, ela que segura o flutuante, e a rampa da travessia do trapiche para o flutuante tombou", destacou. "Risco não oferece, só que nós interditamos para que ninguém possa ficar trafegando no local que se encontra inapropriado para fazer a travessia", acrescentou. Os bombeiros isolaram a área do acidente e informaram aos barqueiros para não atrelar embarcações no flutuante em questão, porque não se tem como faze a travessia dessa estrutura para o trapiche.

A partir do acidentes, técnicos dos bombeiros e Prefeitura de Belém deverão verificar, com a Capitania dos Portos, um meio melhor para o embarque e desembarque de passageiros. Quando a maré estiver cheia, dá para atrelar embarcaççoes ao lado do trapiche; agora, quando a maré estiver baixa, a expectativa é de que ainda hoje (16) a situação seja normalizada no local.

Rui Santos, conhecido como "Rui Café, que trabalha com açaí no trapiche, informou que "o acidente foi um pouco de vacilo do comandante do barco". "Ele veio com um pouco de força (na embarcação), atracou o cabo de popa na balsa (flutuante), aí ele deu ré, a balsa afastou (para longe da rampa e trapiche) e a escada, como estava atracada, caiu". A rampa é presa por correntes no flutuante. A estrutura da rampa encontrava-se meio submersa ontem à noite, em frente ao flutuante.

"O naviou encostou e aí acabou separando a ponte (rampa) da base do trapiche", relatou Pedro Batista dos Santos, 64 anos, barqueiro. Ele chegou ao trapiche ainda no meio da tarde, em um barco com açaí vindo do Marajó.