Aulas de jump agitam Belém e promovem saúde e bem-estar para todas as idades

Saiba mais sobre o treino cardiovascular que combina pulos em um trampolim, coreografia e condicionamento físico

Eva Pires | Especial para O Liberal

Ao som de músicas animadas e em cima de um mini trampolim, um grupo se diverte enquanto melhora o condicionamento físico. Essa é a proposta do jump, modalidade que vem conquistando cada vez mais espaço em Belém para quem busca uma vida mais saudável e ativa. Em um das unidades da academia Fit4You, no bairro da Pedreira, a educadora física Aline Correa conduz as aulas e explica como a prática alia benefícios físicos e mentais, fortalecendo o corpo, queimando calorias e até impulsionando a autoestima de praticantes que já colhem os resultados após meses de dedicação.

Para a professora, a definição do jump é um treino cardiovascular que mistura pulos e coreografias. Entre os principais benefícios da atividade aeróbica, ela destaca a melhora da resistência e fortalecimento muscular, bem como da aptidão cardiorespiratória. Além disso, o jump libera uma alta dose de endorfina, frequentemente chamado de "hormônio da felicidade". "O jump é uma forma divertida de você trabalhar o cardiovascular, porque você faz brincando. Os alunos desestressam aqui. Os benefícios são tanto para a saúde mental quanto física", diz.

A prática do jump combina duas frentes importantes para quem busca resultados mais eficientes na saúde e no condicionamento físico: o exercício aeróbico e o anaeróbico. Segundo a educadora física, o equilíbrio entre essas duas modalidades é essencial. “Musculação e cardio. É só assim que a pessoa tem um bom resultado. É igual o casamento. Só dá certo se for os dois", brinca.

Além de ser um exercício cardiovascular intenso, o jump também exige do praticante habilidades como equilíbrio, coordenação motora e memorização. Isso porque os movimentos são realizados sobre um mini trampolim, que desafia a estabilidade do corpo, enquanto a coreografia estimula a concentração e a repetição de passos.

Modalidade exige a técnica certa, diz professora

A educadora física explica que, embora pareça simples, o ato de "pular" no jump envolve técnica e consciência corporal. “A gente fala pular, mas não é pular de qualquer jeito. Você tem que aprender o movimento de empurrar e puxar. Então, alguns alunos, no início, não sabiam fazer isso. Demanda tempo”, explica.

image Educadora física Aline Correa (Foto: Cristino Martins | O Liberal)

Segundo ela, o processo de aprendizagem é gradual, começando com movimentos básicos e progredindo até coreografias mais elaboradas, sempre respeitando o ritmo e o preparo de cada aluno. “Se der um desequilíbrio, a gente vai trabalhando por partes. Tem que ter todo um preparo para poder chegar no coeficiente desejado”, pontua.

Prática é adaptada de acordo com as limitações dos alunos

Apesar de ser uma atividade dinâmica e acessível, o jump exige atenção a limitações físicas específicas. Pessoas com patologias severas nos joelhos ou na coluna, como hérnias discais avançadas, devem evitar o exercício ou adaptá-lo, já que a aula difere de um tratamento fisioterapêutico.

image Palmira Ameida, 53 anos (Foto: Cristino Martins | O Liberal)

A professora compartilha que costuma conversar com os alunos antes das aulas para entender possíveis restrições e, quando necessário, adapta os movimentos conforme o limite de cada um. O foco é sempre na inclusão: entre os alunos, por exemplo, está uma jovem autista, que vem evoluindo aos poucos. Com paciência e atenção, Aline trabalha os movimentos motores — como a coordenação dos braços e das pernas — respeitando o tempo e as particularidades da aluna.

Ela enfatiza ainda a importância de sair da zona de conforto e dar o primeiro passo. Experimentar a atividade, mesmo com inseguranças, é parte do processo de autoconhecimento corporal e bem-estar. “Gente, vocês têm que praticar, têm que se permitir. Porque se você não vier e não experimentar, você não vai saber”, conclui.

Jump transforma rotina e autoestima de mulheres em Belém

Para a contadora Claúdia Chermont, de 46 anos, e a doméstica Palmira Almeida, de 53 anos, praticar jump vai além da queima de calorias, é onde elas reencontram a própria energia. Em comum, além da paixão pela prática, elas dividem o que chamam de “renascimento do bem-estar” — físico e emocional.

image Cláudia Chermont, 46 anos (Foto: Cristino Martins | O Liberal)

Claúdia começou na musculação, mas sentia falta de um treino mais dinâmico. “Queria um cardio que me fizesse perder peso de forma mais rápida, e o jump me ajudou”, conta. De forma gradativa, ela foi ganhando condicionamento, perdendo medidas e construindo algo ainda mais importante: autoestima. “A gente se olha no espelho e gosta do que vê. A vaidade melhora, a alegria também”, diz.

Palmira chegou ao jump por insistência de uma amiga. “Ela me chamava, me trazia pra cá. Comecei por causa dela, mas hoje venho por mim”, conta. Já são mais de 12 meses pulando no ritmo — e com propósito. O equilíbrio corporal, a perda de peso e o fortalecimento da saúde mental são ganhos que ela celebra. “Me sinto muito feliz. Gosto de vir”, diz animada.

Nem sempre foi fácil. “No começo, tive dificuldade. Mas fui aprendendo com o tempo”, relembra Palmira. Para ela, a fórmula é vontade e esforço. Cláudia também destaca o impacto da atividade na rotina. “Posso estar num dia estressante, mas quando venho pra cá, tudo melhora. Saio outra pessoa”, compartilha.

Para quem pensa em começar, as duas têm a mesma mensagem: vá. Vá com medo, com curiosidade ou com qualquer dúvida — mas vá. “Você não vai se arrepender”, garante Cláudia. “É um treino maravilhoso, que melhora o corpo, a autoestima e a motivação”, conclui.

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