Ato de estudantes e professores do IFPA interdita a avenida Almirante Barroso

Motivo teria sido um caso de assédio ocorrido dentro da instituição. A manifestação encerrou por volta de 12h.

O Liberal

Estudantes do Instituto Federal do Pará (IFPA) manifestaram contra os casos de assédio sexual ocorridos no campus da instituição e denunciados para a Polícia Civil. Parte da avenida Almirante Barroso, no sentido São Brás, ficou interditada na manhã desta quarta-feira (14) devido ao ato. Os alunos pediam pelo fim dos abusos e por medidas mais urgentes para ajudar no combate e na causa. A ação encerrou por volta das 12h. 

De acordo com informações, uma aluna teria sido estuprada por um professor de química do IFPA. A situação teria ocorrido duas vezes em 2021: no dia 7 de julho e em 3 de agosto. Um boletim de ocorrência foi registrado e a vítima tem medida protetiva contra o agressor, que não pode manter contato com a estudante. Desde então, outras denúncias de casos semelhantes praticados por docentes do local começaram a aparecer.

image A manifestação foi por justiça por assédio sexual sofrido no campus (Igor Mota / O Liberal)

Alguns professores deram apoio aos alunos durante a manifestação. Bruna Freitas, estudante do Instituto, já foi vítima de assédio por parte de professores e diz que o ato é para cobrar justiça. “A gente vem denunciar, porque é um absurdo que a gente sofra isso dentro de um espaço em que deveríamos ser acolhidos. Na maioria das vezes, nós não somos. O professor utiliza da autoridade que ele tem dentro de aula para poder assediar. São casos de estupro que aconteceram dentro do Instituto”, relata.

Nota do IFPA

Por meio de nota, o IFPA afirmou que já está adotando todas as providências e procedimentos administrativos cabíveis para apurar a denúncia sobre um caso de assédio sexual que teria ocorrido no Campus. Além disso, um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) já foi instaurado para investigar o acusado e tomar as devidas providências. Dessa forma, todas as possibilidades legais que cabem ao Instituto já estão em processo de execução, segundo a instituição.

Em 2018, o instituto deu início a uma intensa campanha institucional de enfrentamento do assédio sexual. Lançada durante a III Reunião das Equipes da Assistência Estudantil, a campanha abriu um espaço seguro para que estudantes e servidores façam denúncias formais de casos de assédio sexual.

Já em 2019, o Instituto também discutiu e orientou as instâncias gestoras do IFPA sobre a condução de processos dessa natureza, já tendo realizado discussões do tema na reunião do Conselho Superior do IFPA (CONSUP), e no Colégio de Dirigentes (CODIR) com participação dos Diretores de Ensino.

Durante a pandemia de Covid-19, em 2020, o IFPA criou canais de acolhimento psicológico virtual como espaço de escuta (https://ifpa.edu.br/component/content/article?id=1226). E em 2022, lançou a campanha e a cartilha “Respeito é bom”, com a finalidade de conscientizar e informar acerca de relações interpessoais e assédio no ambiente de trabalho.
https://ifpa.edu.br/ultimas-noticias/1778-ifpa-lanca-cartilha-e-campanha-informativa-sobre-assedio-moral-no-trabalho.

"O IFPA não tolera casos de assédio sexual e moral entre estudantes e servidores. A conduta não está alinhada com a missão e o compromisso do Instituto com a comunidade e com o ensino público, gratuito, de qualidade e o desenvolvimento regional, pautados no respeito humano e integridade pessoal. Todas as denúncias de assédio a estudantes ou servidores são rigorosamente apuradas", finalizou o comunicado.

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