UFPA comemora 68 anos de compromisso com a Amazônia, a ciência e a inclusão
A Universidade Federal do Pará também obteve destaque em rankings internacionais das melhores universidades do mundo
Em 68 anos de história, a Universidade Federal do Pará (UFPA) comemora, nesta quarta-feira (2), sua aliança com “a excelência acadêmica, os processos de inclusão em amplas dimensões e o desenvolvimento com qualidade social da Amazônia, com base nas necessidades e nos interesses de seus povos e comunidades tradicionais”, como destacou o 14º reitor da história da instituição, Gilmar Pereira da Silva.
Em quase sete décadas, a UFPA consolidou sua liderança como importante universidade da Região Norte e uma das principais instituições públicas de ensino, pesquisa, extensão e inovação do Brasil.
“Ao longo desses 68 anos, reafirmamos nosso compromisso histórico com a educação pública de qualidade, com a produção científica voltada às realidades amazônicas e com a construção de uma sociedade mais justa e sustentável. Somos uma instituição enraizada na diversidade de saberes da Amazônia e, ao mesmo tempo, conectada aos grandes desafios globais, como a superação das desigualdades e a defesa da democracia”, pontuou o reitor da UFPA.
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Em 2024, foram registradas cerca de 39.591 matrículas de estudantes em 157 cursos. Com o alcance de 79,13% na Taxa de Sucesso da Graduação, a UFPA cresceu 13,47% em relação a 2023. Os números recentes, apresentados no último Relatório de Gestão, apontam para avanços em todas as áreas acadêmicas.
Fundada em 1957, a Universidade Federal do Pará é protagonista na agenda climática no ano em que a Amazônia sediará a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas – COP 30, sendo uma das instituições que mais contribuem com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, com destaque nos marcadores Fome Zero e Agricultura Sustentável, Energia Limpa e Acessível e Igualdade de Gênero.
“Vivemos um momento ímpar, em que a Amazônia ganha o centro do debate internacional, com a realização da COP30. Para a UFPA, trata-se de um período fundamental e de fortalecimento da sua missão de formar profissionais comprometidos com a transformação social e produzir conhecimento crítico e inovador, em diálogo permanente com as populações tradicionais, os movimentos sociais e as demais instituições de ciência e tecnologia da região”, acrescentou o reitor.
Como parte das comemorações pelos seus 68 anos, a UFPA celebra também uma conquista histórica: a admissão como entidade observadora oficial na COP 30, que acontecerá em novembro. É a primeira universidade da Amazônia a obter esse status junto à Organização das Nações Unidas (ONU). Com essa integração, a instituição passa a ter acesso direto à Zona Azul, ou seja, ao espaço central das negociações globais sobre o clima. Por meio desse reconhecimento internacional, a universidade reafirma o compromisso com a justiça climática, a valorização dos saberes tradicionais e a construção de soluções sustentáveis para o futuro da Amazônia e do planeta, reiterando seu papel na liderança científica e institucional.
Na Avaliação Quadrienal da Capes de 2023, a UFPA obteve seu melhor resultado histórico, com um total de 167 cursos stricto sensu na pós-graduação, dos quais 106 são mestrados e 61 doutorados, além de 10.251 discentes matriculados. Na extensão, a UFPA trabalha para ampliar o impacto das ações universitárias na sociedade, executando 419 programas e projetos, beneficiando 431.436 pessoas em todo o estado do Pará.
“Somos uma universidade multicampi, com presença em diferentes territórios paraenses, e que avança com ações concretas de inclusão, permanência e excelência acadêmica. Os resultados obtidos nos últimos anos — seja na graduação, na pós-graduação, na extensão ou na gestão institucional — evidenciam a seriedade de nosso trabalho e a potência da UFPA como agente estratégico para o desenvolvimento regional com qualidade social”, ressaltou Gilmar Pereira da Silva.
Nos rankings internacionais, como o Times Higher Education World University Rankings e o QS World University Rankings, a UFPA se destaca entre as melhores universidades do mundo.
O reitor explicou por que considera de grande valor a celebração de todas essas décadas de atuação da universidade. “Sem dúvida, celebrar esses 68 anos é reconhecer a trajetória coletiva construída por docentes, técnicos, estudantes, terceirizados e parceiros institucionais que, dia após dia, mantêm viva a vocação pública da UFPA. E é também renovar o compromisso com um futuro onde a educação, a ciência e a cultura estejam sempre a serviço da vida, da justiça e da Amazônia”, concluiu.
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