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Como escolher brinquedos seguros neste Natal: o que observar antes de comprar

"Os cuidados começam pela observação da faixa etária", diz advogada Débora Pinheiro

Dilson Pimentel

Com a aproximação do Natal e o aumento do movimento no comércio, especialistas reforçam a importância de observar critérios de segurança na hora de comprar brinquedos. Além do preço e da popularidade dos produtos, fatores como a indicação etária, o selo de certificação do Inmetro e o tipo de material utilizado são determinantes para evitar acidentes, como engasgos, intoxicações ou choques elétricos. Em Belém, hospitais e unidades de pronto atendimento registram, todos os anos, casos relacionados ao uso de brinquedos inadequados para a idade das crianças.

Na manhã desta terça-feira (25), a advogada Débora Pinheiro, 49 anos, percorreu uma loja do centro comercial escolhendo dezenas de brinquedos. Ela contou que os cuidados começam pela observação da faixa etária indicada na embalagem, item que considera indispensável. “A primeira coisa que a gente tem que observar realmente é a questão da indicação, que normalmente está ali disposta na embalagem do brinquedo”, afirmou.

Débora detalhou ainda o motivo da atenção redobrada: “Tem que ser, não dá para ser diferente, é muita responsabilidade. O que nos motiva a estar aqui (na loja), hoje, é uma questão também solidária. A gente veio comprar muitos brinquedos com faixas etárias diferentes. Então a gente precisa ter esse cuidado. Se a gente tem cuidado com os nossos filhos, o cuidado que se requer em relação ao filho de outra pessoa tem que ser redobrado”, afirmou ela, acompanhada de uma amiga. É uma ação solidária que será realizada pelo sindicato no qual ambos trabalham.

Débora contou que ia comprar mais de 80 brinquedos, destinados a crianças de idades variadas, e reforçou a importância da análise detalhada de cada item. “Porque pode ter algum acidente… Tem brinquedos que têm peças de montar e tudo, tem que ter atenção. E não só na hora de comprar, mas as pessoas que estão ali ao lado da criança no dia a dia, principalmente crianças menores, têm que observar até na hora de brincar”, disse. Muitas pessoas, na pressa, acabam ignorando esses detalhes, o que pode gerar consequências graves. “Pode gerar um acidente… Com certeza. A dica que eu dou é observar a indicação do produto. Não tem coisa melhor que você dar um brinquedo e saber que ele está de acordo com a idade da criança. A gente vai presentear, mas tem que ser responsável”, afirmou.

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A preocupação também é compartilhada pela pescadora Rosângela Egues da Costa, de 47 anos, que destaca os riscos das peças pequenas. “Olha, os cuidados são com peça pequena. Porque, às vezes, tem criança que leva para a boca. Não é só para a boca, como os olhos e outras partes do corpo. Então isso é muito importante na hora de comprar um brinquedo, pensar nisso, para não causar acidente”, afirmou.

Embora diga que nunca presenciou acidentes causados por brinquedos inadequados, Rosângela reforçou que o alerta deve ser constante. “As crianças, quando estão com brinquedo, não estão nem aí. Ou seja, é o adulto que tem que tomar esse cuidado”, disse. Ela lembrou que, especialmente no período que antecede o Natal, a atenção deve ser ainda maior. “É muito perigoso, ainda mais com as peças pequenas. Todo cuidado é pouco. Daqui a pouco vai começar a compra de brinquedos para o Natal, então esse cuidado tem que ser redobrado. Tem que cuidar dos nossos pequenininhos”, completou.

Cuidados recomendados pelo Inmetro na compra de brinquedos

Verificar o selo de certificação do Inmetro

Todo brinquedo regularizado no Brasil deve apresentar o selo do Inmetro na embalagem. O selo garante que o produto passou por testes de segurança, como resistência, risco de engasgamento, inflamabilidade, toxicidade e choques elétricos.

Observar a faixa etária indicada

A embalagem deve indicar de forma clara para qual idade o brinquedo é recomendado. Essa é uma das regras mais importantes. Brinquedos inadequados podem causar acidentes, principalmente em crianças menores de 3 anos.

Atenção às peças pequenas

Brinquedos com peças menores que 3,17 cm representam risco de engasgo. Para crianças pequenas, especialistas recomendam evitar kits de montagem, acessórios destacáveis ou itens que possam ser levados à boca.

Ler as instruções e advertências

O fabricante deve informar modo de uso, restrições, composição e instruções de montagem. Falta de instruções claras é sinal de produto irregular.

Avaliar o material do brinquedo

Produtos devem ser feitos de materiais não tóxicos, principalmente tintas e plásticos. Brinquedos quebradiços podem soltar partes cortantes.

Evitar produtos falsificados

Mercadorias piratas normalmente não passam por testes de segurança. O preço muito abaixo do mercado é um indicador de risco.

Comprar em locais confiáveis

Lojas formais permitem rastrear o fabricante e garantem troca ou devolução. Vendedores informais podem comercializar produtos sem certificação.

Checar a integridade da embalagem

Embalagem amassada, mal impressa ou sem informações obrigatórias pode indicar falsificação ou acondicionamento inadequado.

Supervisão durante o uso

Especialistas reforçam que o adulto deve acompanhar o uso, especialmente no caso de crianças menores. Mesmo brinquedos certificados podem gerar acidentes se usados de forma incorreta.

Atenção a brinquedos elétricos

Devem ter proteção contra choques. O adaptador precisa ser certificado pelo Inmetro.