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Adenocarcinoma: entenda o que é o câncer diagnosticado em Preta Gil 

Apesar da notícia inesperada, o tumor é um dos mais comuns no Brasil em homens e mulheres

Laís Santana
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A cantora Preta Gil, de 48 anos, anunciou, na última quarta-feira (11), que foi diagnosticada com um tipo de câncer na porção final do intestino chamado adenocarcinoma, doença que afeta as glândulas e o tecido epitelial dos órgãos excretores. O comunicado feito após seis dias de internação da artista em uma clínica do Rio de Janeiro, acendeu um alerta para a doença que também já acometeu a cantora Simony e a apresentadora Ana Maria Braga. 

O médico oncologista Bruno Fernandes, do Hospital Ophir Loyola, explica que o adenocarcinoma pode se originar em diversas partes do corpo, sendo o câncer mais comum no intestino grosso. De acordo com o especialista, os principais fatores de risco do adenocarcinoma de intestino estão associados a determinadas síndromes genéticas e a presença de polipos no intestino grosso. 

Outras características externas, como obesidade, tabagismo, sedentarismo, consumo abusivo de álcool e, especificamente no câncer de intestino, uma alimentação rica em gorduras e carboidratos, influenciam na formação de tumores.

Sintomas

O Instituto Nacional do Câncer (Inca) lista que os sintomas mais frequentemente associados ao câncer do intestino são: sangue nas fezes, alterações do hábito intestinal, como diarreia e prisão de ventre alternados, dor ou desconforto abdominal.

Os pacientes também podem apresentar fraqueza e anemia, perda de peso sem causa aparente e alteração na forma das fezes (muito finas e compridas) e tumoração abdominal.

De acordo com o Inca, os sintomas estão presentes de igual modo em outros problemas de saúde, como hemorroidas, verminose e úlcera gástrica, por exemplo. Por isso, os sintomas devem ser investigados para o diagnóstico correto e tratamento específico.

Diagnóstico

O diagnóstico precoce do câncer de intestino pode ser feito por meio de exames clínicos, laboratoriais e endoscópicos, de pacientes com sintomas sugestivos da doença – diagnóstico precoce – ou de pessoas sem sinais e sintomas, mas pertencentes a grupos com maior chance de desenvolver a doença. 

Os principais exames para rastreamento dos tumores de cólon e reto são: pesquisa de sangue oculto nas fezes e colonoscopia.

“Tipicamente, o diagnóstico é feito através de uma lesão, um tumor, dentro do intestino, sendo essa biopsia feita por uma colonoscopia”, explica o médico oncologista. 

A colonoscopia é um exame de imagem do intestino realizado por meio de um endoscópio e, como prevenção, o Ministério da Saúde recomenda que ele seja feito anualmente em todas as pessoas acima de 50 anos.

Tratamento

O médico Bruno Fernandes reforça que o adenocarcinoma de cólon é um tumor extremamente curável, contudo, o tratamento vai depender do caso de cada paciente. “Depende se aquele tumor está confinado no intestino ou não, se há linfonodos comprometidos, se há doença a distância, isto é, se apresenta metástase em outros órgãos, tudo isso vai variar. Nos casos mais iniciais, em geral, o tratamento é feito com cirurgia e quimioterapia. Casos mais avançados o tratamento tende a ser feito com quimioterapia em combinação com terapia-alvo e imunoterapia", destaca. 

Prevenção 

O Inca afirma que o câncer de intestino está fortemente associado aos hábitos de vida, como tabagismo, alimentação inadequada e inatividade física. Por isso, para prevenir a doença é fundamental manter o peso corporal adequado, a prática de atividade física, assim como a alimentação saudável 

“O principal método de prevenir a doença é manter hábitos de vida saudáveis, uma dieta de vida equilibrada, consumo de fibras elevado, consumo de líquido também, e fazer a colonoscopia periodicamente a partir dos 40 anos de idade. Pacientes com mais de 40 devem fazer a colonoscopia pelo menos uma vez a cada 10 anos, esse tempo pode variar de acordo com os achados da colonoscopia ou com a história familiar do paciente. A colonoscopia serve tanto para diagnosticar a doença no início quanto para eventualmente tirar polipos, que via de regra são completamente assintomáticos e com o passar do tempo podem levar a formação de câncer de intestino”, conclui o médico oncologista. 

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