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Acidentes com moto lideram volume de internações no Hospital Metropolitano com 1,2 mil atendimentos

Os dados são de janeiro a setembro de 2022 e correspondem a segunda maior causa dos atendimentos na unidade

O Liberal

Ocorrências envolvendo motocicletas estão entre as principais causas de atendimentos e internações relacionadas ao trânsito no Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), em Ananindeua, Região Metropolitana de Belém. De janeiro a setembro de 2022, 1.286 entradas foram registradas no local. Destas, 745 internações foram geradas. Os números são 38% do total de ocorrências relacionadas ao trânsito, ocupando o segundo lugar no ranking e ficando atrás de colisões. Em terceiro estão os acidentes com atropelamentos

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O perfil das vítimas é prioritariamente homens na faixa etária dos 20 aos 39 anos. Entre janeiro e dezembro de 2021, 1.656 atendimentos a motociclistas foram realizados na Unidade, o que representa mais de quatro casos por dia. A médica e diretora técnica do HMUE, Renata Coutinho, explica que, mesmo no período mais difícil da pandemia da covid-19, os números não diminuíram

“Mesmo durante o ano mais grave da pandemia, onde o fluxo de pessoas nas ruas estava menor, o número de acidentes é expressivo. Isso só reforça a necessidade de seguir as medidas de segurança”, alertou a médica Renata Coutinho. 

Alerta para os riscos do pós acidente

De acordo com a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), 167 mil eventos deste tipo foram registrados no Brasil no ano passado, somando 54% dos acidentes de trânsito do país. “É fundamental que as pessoas se conscientizem e respeitem as suas próprias vidas. Só assim conseguiremos reduzir esses dados tão preocupantes”, complementa a especialista. 

Renata Coutinho explica que não há como prever qual dano cada acidente causará, mas os casos mais comuns são fraturas expostas, nos membros superiores e inferiores.

“Não tem como dizer como será o pós acidente, mas sabemos quais são as lesões que geram um dano maior ao paciente, que no caso das motocicletas, são as na cabeça e coluna, por exemplo”, explica a médica.

Custos para os cofres públicos

Além do risco que esses acidentes oferecem à vida e as chances de sequelas, permanentes ou não, eles geram um alto custo aos cofres públicos. Só no ano passado, o Sistema Único de Saúde (SUS) gastou cerca de R$ 100 milhões para o tratamento de motociclistas no Brasil. 

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No Hospital Metropolitano, que pertence ao Governo do Estado e é gerenciado pela Pró-Saúde, o custo médio de cada alta, independentemente do motivo da internação, é de cerca de 21 mil reais. O dado toma como base a média de dias de internação dos pacientes, que varia entre oito e 18 dias

Em casos mais graves e complexos, em que esse período é ampliado, o custo é ainda maior.

Dicas para prevenção de acidentes com moto

  • Piloto e passageiro devem usar capacete, mesmo quando for percorrer uma curta distância;
  • Não exceda o limite de passageiros do veículo ou motocicleta;
  • Mantenha uma distância segura dos demais veículos;
  • Respeite o limite de velocidade e as sinalizações de trânsito;
  • Faça as manutenções do veículo corretamente;
  • Em caso de acidente, acione o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) pelo número 192.

Belém