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A partir de 2019, Ministério da Saúde dará pomadas contra verrugas ligadas ao HPV

A vacina contra o vírus HPV já é gratuita e está disponível nas unidades de saúde do Pará

Cleide Magalhães

A partir do próximo ano, o Sistema Único de Saúde (SUS) passa a oferecer duas novas opções de tratamento do HPV (Papilomavírus Humano): os cremes podofilotoxina e imiquimode. O HPV é infecção transmitida sexualmente ou por contato pele a pele é uma doença que causa vários problemas à pessoa infectada. Um deles é o aparecimento verrugas nas genitais e no ânus. 

A incorporação dos cremes pelo Ministério da Saúde ocorreu no final de novembro deste ano, com o respaldo da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec). A pasta tem até 180 dias para disponibilizar os fármacos à população.

NOVA FRENTE

O secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Marcos Fireman, explica que o HPV é uma infecção grave, pois alguns subtipos do vírus podem causar lesões no colo do útero precursoras de câncer. Esse tipo de câncer é o quarto que mais mata mulheres no Brasil. "Quanto mais ações de prevenção e tratamento nós oferecermos à população, mais estaremos contribuindo para melhorar a qualidade de vida do cidadão", disse.

No Brasil, de acordo com pesquisa realizada pelo projeto POP-Brasil (Estudo Epidemiológico sobre a Prevalência Nacional de Infecção pelo HPV), encomendado pelo Ministério da Saúde, a prevalência estimada de HPV foi de 54,6%, sendo que 38,4% destes participantes apresentaram HPV de alto risco para o desenvolvimento de câncer. 

A pesquisa foi realizada em 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal com 7.586 pessoas entrevistadas, sendo que 2.669 foram analisadas para tipagem de HPV. O estudo foi feito com jovens de 16 a 25 anos, sendo 5.812 mulheres e 1.774 homens.

Existem vários tipos de HPV, sendo geralmente os não cancerígenos responsáveis pelo aparecimento das verrugas (condilomas acuminados), popularmente conhecidas como "crista de galo", "figueira" ou "cavalo de crista". Elas não possuem um padrão de aparecimento no corpo em relação à quantidade, tamanho e tipos (elevadas e sólidas). Além disso, embora na maioria das vezes sejam assintomáticas, podem causar coceira.

VACINA

A vacina é uma forma de evitar a expansão do vírus no país. Desde 2014, o Ministério da Saúde disponibiliza a vacina contra o HPV no SUS. No SUS, a vacina é disponibilizada para meninas com idade entre 9 e 14 anos, meninos de 11 a 14 anos; pessoas que portadoras de AIDS, e também aquelas transplantadas na faixa etária de 9 a 26 anos.

A Secretaria de Estado de Saúde (Sespa) informou que a dose da vacina está disponível de forma contínua e gratuita nas Unidades Básicas de Saúde no Pará por estar entre as vacinas que compõem o Calendário Oficial de Vacinação pelo SUS. Ainda segundo a Sespa, as Secretarias de Saúde dos 144 municípios paraenses estão sendo convocadas a intensificarem a vacinação de meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos contra o HPV. 

Ao longo de 2017, a cobertura média das duas doses de vacina contra o HPV no Pará ficou em apenas 11,89% entre os meninos, com 97.683 doses realizadas. Com as meninas a adesão foi maior: cobertura de 15,60%, abrangendo 131.701 vacinas aplicadas. 

Entretanto, o objetivo da vacina é prevenção, não é eficaz contra infecções ou lesões por HPV já existentes, o que requer um tratamento. Assim, na presença de qualquer sinal ou sintoma de infecção pelo HPV, recomenda-se procurar um profissional de saúde para o diagnóstico correto e indicação do tratamento adequado. 
 

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