23 anos do Jornal Amazônia: jornaleiros destacam a consolidação e inovação do periódico

Os comerciantes das bancas de revistas celebram as mais de duas décadas de circulação marcadas por credibilidade e resistência

Maiza Santos / Especial para o Jornal Amazônia
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Resistindo bravamente ao tempo, os proprietários das tradicionais bancas de jornais que existem em Belém acompanharam de perto as evoluções que ocorreram no Jornal Amazônia durante estes 23 anos de circulação. Seu Alvino, dono de uma das bancas mais antigas da capital paraense, que fica na Avenida Presidente Vargas, conta que lembra quando comercializou em seu estabelecimento a primeira edição do Amazônia. Segundo ele, somente quem trabalha com o periódico durante todo esse tempo consegue diferenciar as primeiras edições do que ele é atualmente.

“Acompanhei essas mudanças. Hoje o Amazônia é um jornal de notícias curtas, então praticamente todos os clientes gostam desse tipo de leitura rápida. Quase como se fosse na internet, são notícias pequenas que a gente assimila melhor. Como as pessoas que compram costumam ficar aqui por perto para ler, geralmente fazem esse tipo de comentário sobre o jornal”, afirma seu Alvino.

Experiente no ramo, seu Alvino conta quais estratégias montou para sempre atrair novos clientes, principalmente quando se trata dos leitores de jornais. “Eu acho que o impresso ainda tem muito o que crescer, por vários anos, e vai continuar. Como nós temos a banca há quase 40 anos e temos os clientes mais antigos, vemos os pais que gostam de ler trazerem seus filhos. Aí, sempre estamos ganhando um cliente novo. Muitas bancas fecharam, mas muitas ainda vão continuar”, relata o jornaleiro.

image Orlando Vitor diz que o Jornal Amazônia é um dos mais populares em sua banca. (Thiago Gomes / O Liberal)

Diferentemente de seu Alvino, Orlando Vitor, dono da banca do Vitor, está no ramo de jornaleiro há pouco mais de sete anos. O jovem, de 25 anos, diz que o Jornal Amazônia é um dos mais populares entre os leitores. “As pessoas de mais idade sempre estão por aqui comprando o Amazônia para se atualizar. Além deles, esse pessoal que fica muito tempo na fila da agência bancária, aqui de perto, também compram bastante. Quando não é para se distrair, os leitores vem muito aqui em dias próximos aos jogos de Remo e Paysandu. Sempre vem mais clientes nesse período”, explica Vitor.

Segundo Victor, os leitores que compram o Amazônia na banca que ele é proprietário possuem uma característica de consumo que ele acha curiosa: lotam o estabelecimento especialmente nas segundas-feiras para adquirir seus jornais. Isso devido a curiosidade para saber com mais detalhes sobre os acontecimentos policiais do fim de semana. “Sempre vendo mais em dias de jogos e nas segundas-feiras. Os leitores dizem que gostam mais da parte do esporte e, principalmente, o caderno de Polícia. Eles ficam lendo as partes de crimes por vários minutos e comentando entre si”, assegura o jovem jornaleiro.

 

Acompanhando a evolução

Aos 63 anos, seu Benjamin Gaioso também faz parte dos donos de bancas de jornais mais antigos de Belém. Atuando na área por mais de quatro décadas, ele relata que o crescimento da internet fez muitos leitores do Amazônia migrarem para a versão digital. “Depois que entrou a internet, as vendas mudaram demais. Agora algumas pessoas gostam mais de ver as notícias do Amazônia pelo celular. Mas os moradores aqui de perto continuam fiéis aqui na banca, aqueles que gostam de pegar o jornal e ler, preferem não ficar no celular para saber das notícias”, avalia seu Gaioso.

image "Agora algumas pessoas gostam mais de ver as notícias do Amazônia pelo celular", diz o jornaleiro Benjamin Gaioso. (Thiago Gomes / O Liberal)

O dono da ‘Banca do Gaioso’ diz que, semelhantemente à história do Amazônia, esses pontos de vendas de jornais e revistas também se inovam e modernizam, sem perder a essência. “Eu passei a acrescentar mais produtos para serem comercializados aqui na banca. Bombons, acessórios, esmalte, algumas coisinhas de cabelo e até um lanchinho. Isso atrai novos clientes para a banca. Durante esses anos todos que estou aqui, fui modificando aos poucos, melhorando, mas sempre vendendo jornal. Lembro que quando comecei, ainda nem tinha o Amazônia”, relembra.

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