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Égua grávida é abandonada em Ananindeua

O animal apareceu no último sábado, perto da WE-75. Coordenador do projeto Carroceiro, da Ufra, diz que situação de cavalos abandonados é preocupante.

Victor Furtado / Redação Integrada de O Liberal
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Uma égua grávida foi abandonada próximo à caixa d'água do conjunto Cidade Nova, na travessa WE-75, em Ananindeua. O animal apareceu no último sábado (16) e conquistou a solidariedade dos moradores da área. Tem um comportamento dócil, mas não está comendo, bebendo água e nem, aparentemente, fazendo necessidades fisiológicas adequadamente. Quem buscou por ajuda esbarrou num antigo empurra-empurra de responsabilidades entre autoridades municipais e estaduais.

A orientação da Divisão Especializada em Meio Ambiente (Dema) é acionar o Centro Integrado de Operações (CIOP), no telefone 190. Lá, a demanda será direcionada a algum órgão.

Para o professor Djaci Ribeiro, coordenador do projeto Carroceiro, da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), a responsabilidade deveria ser da prefeitura. Ou a Dema. Como membro do Fórum Permanente de Proteção e Defesa Animal do Pará, diz estar preocupado com a situação de cavalos abandonados ou escravizados no transporte de tração animal.

O projeto Carroceiro é visto como um dos principais entes no apoio a cavalos abandonados. Contudo, Djaci diz não haver mais espaço para abrigar animais. Já está com sete animais em reabilitação. Três deles estão totalmente reabilitados, mas ninguém quer assumi-los. Um oitavo animal está chegando e já não sabe mais o que fazer.

"Estou comprando comida com dinheiro do meu próprio bolso. As prefeituras, que deveriam assumir essa responsabilidade, não me dão um único real. Eu não tenho como cuidar de todos os cavalos abandonados de Belém e Ananindeua. Nem vou soluciona o problema acolhendo um ou outro. Todos os dias tem telefonemas de denúncia de cavalos abandonados e pessoas me pedindo ajuda. Isso é preocupante", desabafa o professor.

Belém tem a lei municipal 8.168/2002 que previa, há 17 anos atrás, um maior controle do transporte de tração animal e regras para os animais e carroceiros. Djaci afirma que a prefeitura da capital nunca cumpriu, gerando um número cada vez maior de cavalos abandonados.

No final do ano passado, foi aprovada, na Câmara Municipal de Belém, a lei que extingue a tração animal, mas colocando um prazo de 10 anos. "Eu participei da elaboração dessa lei, com o vereador Igor Normando (PHS). Mas a lei aprovada foi outra, totalmente diferente. Foi uma lei que prolonga essa escravidão dos animais. E se nada for feito, a situação vai piorar nesses próximos anos", concluiu.

A Redação Integrada de O Liberal entrou em contato com a prefeitura de Ananindeua para saber se algo poderia ser feito. A Scretaria Municipal de Saúde (Sesau) informa que está tentando resolver o problema o quanto antes e que entrará em contato com órgãos de proteção e defesa de animais para ajudar na remoção do animal.

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Belém
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