Será que existe relação entre as cores e a personalidade das pessoas? A psicologia explica!
A psicóloga Yasmin Borges esclareceu algumas dúvidas quanto aos sentidos produzidos pelas colorações

Quem nunca ouviu alguém dizer que 'fulano' utiliza preto porque é frio e antissocial ou mesmo que 'ciclana' está vestida de vermelho porque deseja arrumar um namorado? Na maioria das vezes, algumas cores são geralmente associadas à personalidade de cada pessoa, mas, na verdade, as cores podem produzir inúmeros sentidos, interpretados de jeitos e formas diferentes por cada indivíduo.
“Não existe relação direta entre a personalidade das pessoas e as cores. As cores podem produzir muitos efeitos, mas dependem do contexto em que são interpretadas. Ou seja, um vermelho que pode estar associado no senso comum a uma personalidade irritável e agressiva, também pode ser entendido em uma personalidade amorosa e apaixonante”, explica a psicóloga Yasmin Borges.
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Múltiplas interpretações das cores
Segundo a psicóloga Yasmin Borges, as múltiplas interpretações que as pessoas atribuem às cores devem-se ao contexto histórico e cultural que cada uma delas carrega desde à infância. Como exemplo disso, tem-se que em muitas religiões, os enterros de entes queridos são realizados com todos os familiares vestidos de preto, já em outras, o branco torna-se o protagonista para a realização dos ritos fúnebres.
Por esse motivo, muitas pessoas acabam associando as cores escuras a acontecimentos ruins e outras a algo mais específico. “Segundo Eva Heller, o preto pode estar relacionado com a dor, violência, morte, mas, ao mesmo tempo é associado à elegância. O marrom estaria ligado ao aconchego, mas também a percepções do feio e do desagradável. Por fim, o cinza é relacionado pela pesquisadora com o tédio, a crueldade, mas também com a velhice”, destaca.
“Às vezes as cores ressaltam a nossa personalidade, mas nenhuma cor está ali sozinha. Assim, a personalidade humana precisa ser entendida a partir de uma visão sistêmica, que não nasce conosco, mas é construída ao longo do nosso ciclo vital, das experiências e vivências compartilhadas”, finaliza Yasmin.
(Victoria Rodrigues, estagiária de Jornalismo, sob supervisão de Enderson Oliveira, editor web em Oliberal.com)
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