Maniçoba da Bahia? Site internacional reacende disputa entre culinária paraense e baiana
O site que cataloga pratos internacionais gerou polêmica na quadra nazarena ao afirmar que a maniçoba é dos dois estados e o vatapá, só da Bahia

O site internacional TasteAtlas, conhecido por catalogar e avaliar pratos típicos de todo o mundo, reacendeu uma antiga rivalidade gastronômica entre o Pará e a Bahia. A plataforma classificou a maniçoba como tradicional nos dois estados, enquanto reconheceu o vatapá como prato de origem baiana.
De acordo com o TasteAtlas, a maniçoba é um “prato de carne ensopada” preparado com folhas de mandioca moídas e fervidas por vários dias, até eliminar as toxinas, e que leva ainda carne-seca, carne de porco salgada, bacon, chouriço e linguiça. Segundo o site, a principal diferença está nos acompanhamentos: no Pará, o prato é servido com arroz branco e pimentas, enquanto na Bahia é acompanhado de farofa.
Prato paraense é símbolo da cultura amazônica
Com nota 4,1 estrelas, a maniçoba é reconhecida internacionalmente, mas o fato de o TasteAtlas classificá-la como “dividida” entre os estados provocou reações no Pará, onde o prato é considerado um símbolo cultural e religioso do Círio de Nazaré, passado de geração em geração.
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O site descreve o sabor da maniçoba como “rico, substancial e tropical”. Já o vatapá, com nota 4,3 estrelas, aparece acima no ranking. O prato baiano é feito com pão amanhecido, peixe, camarão, leite de coco, azeite de dendê, farinha de mandioca e castanha de caju, representando a herança africana na gastronomia da Bahia.
Identidade e tradição paraense reconhecidas no mundo
A escolha do TasteAtlas gerou uma disputa amistosa entre as duas cozinhas brasileiras. Embora a maniçoba também seja consumida na Bahia, sua preparação demorada e o vínculo com as celebrações do Círio reforçam sua identidade como um patrimônio do Pará.
Com sabor único e presença marcante nas festas religiosas, a maniçoba segue reconhecida internacionalmente — mas, para os paraenses, suas raízes e essência são, e sempre serão, do Pará.
(Jennifer Feitosa, Jovem Aprendiz, sob supervisão de Vanessa Pinheiro, editora web de oliberal.com)
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