Estudo revela qual a melhor idade para ter o primeiro celular; descubra quando é o momento certo
Pesquisa indica que ter um celular antes de determinada idade pode aumentar os riscos de depressão, obesidade e problemas de sono.
O debate sobre a idade certa para dar o primeiro celular a uma criança tem gerado cada vez mais discussões entre especialistas. Um estudo recente traz dados alarmantes sobre os impactos negativos do uso precoce da tecnologia na vida dos pequenos. A pesquisa foi realizada por uma equipe de cientistas, que analisou os efeitos do uso de dispositivos móveis sobre o bem-estar físico e psicológico de crianças e adolescentes.
Os resultados mostraram que, ao se expor a telas em idades mais precoces, os jovens podem comprometer não apenas seu desenvolvimento emocional, mas também sua saúde física. Segundo a pesquisa, crianças que ganham um celular antes dos 12 anos têm maior propensão a desenvolver problemas de saúde como depressão, obesidade e distúrbios do sono.
Por que os 12 anos?
A escolha dos 12 anos como a idade mínima para o primeiro celular se baseia em uma série de estudos que indicam que, nesse período, a criança já está mais preparada cognitivamente para lidar com as distrações digitais e as exigências emocionais que vêm com o uso das redes sociais. Além disso, a partir dessa idade, os jovens têm maior capacidade de estabelecer limites e discernir os impactos negativos do uso excessivo da tecnologia em suas vidas.
A adolescência é também uma fase crítica do desenvolvimento, onde as relações sociais e a construção da identidade ganham ainda mais importância. Nesse contexto, o celular pode servir tanto como uma ferramenta de comunicação quanto como um instrumento para o isolamento e para a comparação constante com os outros, o que exige uma supervisão constante por parte dos pais.
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Os riscos do uso precoce de celulares
O estudo aponta que a utilização de celulares e outros dispositivos digitais antes dos 12 anos pode ter efeitos adversos na saúde mental das crianças. Entre os principais problemas identificados estão:
- Aumento do risco de depressão: O uso excessivo de telas pode interferir no desenvolvimento emocional da criança, levando a um aumento dos níveis de ansiedade e depressão. A sobrecarga de informações e a comparação social nas redes sociais são fatores que contribuem para esses distúrbios.
- Obesidade: O tempo excessivo em frente a telas está associado a hábitos de vida sedentários, que, por sua vez, podem levar ao aumento de peso e até ao desenvolvimento da obesidade. Crianças que passam muitas horas com o celular tendem a se movimentar menos, o que impacta diretamente na saúde física.
- Distúrbios do sono: A luz emitida pelas telas, especialmente quando usada à noite, pode afetar a produção de melatonina, hormônio responsável pelo sono. Isso resulta em dificuldades para dormir e na qualidade do descanso, afetando diretamente o desempenho escolar e o bem-estar geral das crianças.
Qual a melhor idade para o primeiro celular?
Embora o estudo aponte que a idade ideal para a introdução do celular seja após os 12 anos, muitos especialistas também destacam que o controle do uso digital deve ser uma prioridade em todas as faixas etárias. Mesmo para crianças mais velhas, é importante estabelecer limites claros para o uso da tecnologia, incluindo o tempo de tela diário.
(*Gabrielle Borges, estagiária de jornalismo, sob supervisão de Felipe Saraiva, editor web de OLiberal.com.)
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