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Ministério da Saúde anuncia compra de 1,8 milhão de doses da vacina contra VSR para gestantes

No Sistema Único de Saúde (SUS), o imunizante estará disponível para gestantes a partir da 28ª semana

Estadão Conteúdo

O Ministério da Saúde anunciou, nesta terça-feira (25), a compra de 1,8 milhão de doses da vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR), principal causador da bronquiolite em recém-nascidos. No Sistema Único de Saúde (SUS), o imunizante estará disponível para gestantes a partir da 28ª semana de gravidez.

De acordo com a pasta, o primeiro lote começará a ser distribuído a estados e municípios ainda esta semana, com previsão de início da vacinação em dezembro. A meta é alcançar 80% de cobertura do público-alvo.

O imunizante foi incorporado ao Calendário Nacional de Vacinação da Gestante e é indicado para mulheres a partir da 28ª semana de gestação. Não há restrição de idade para as gestantes, e, embora a vacina seja de dose única, a orientação é que seja aplicada a cada nova gravidez.

"Vacinar a gestante significa proteger o bebê mesmo antes de ele nascer", afirma Isabella Ballalai, diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

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O VSR é responsável por cerca de 75% dos casos de bronquiolite e 40% dos episódios de pneumonia em crianças com menos de dois anos, segundo o Ministério da Saúde.

Estudos apontam que a vacinação materna apresenta eficácia de 81,8% na prevenção de doenças respiratórias graves causadas pelo VSR nos primeiros 90 dias de vida do bebê. “O objetivo principal é proteger a mãe e o bebê”, reforça a médica.

A vacina contra o VSR pode ser administrada simultaneamente com outros imunizantes. Os efeitos colaterais mais comuns são dor e vermelhidão no local da aplicação."Por ser uma vacina inativada, não coloca em risco nem a gestante, nem o feto, nem o bebê", completa Isabella Ballalai.

Segundo o ministério, o investimento total será de R$ 1,17 bilhão. Até 2027, está prevista a aquisição de mais 4,2 milhões de doses. Ainda de acordo com a pasta, a incorporação da vacina ao SUS só foi possível graças a um acordo com o Instituto Butantan e o laboratório produtor, que garantiu a transferência de tecnologia do imunizante para o Brasil.