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Cíntia Chagas revela que recebeu mais apoio da esquerda após expor violência doméstica; entenda

A influenciadora contou que tinha raiva das feministas, mas que o seu caso a fez aprender bastante sobre o movimento

Victoria Rodrigues

Alguns meses após expor o caso que viveu envolvendo violência doméstica, a influenciadora Cíntia Chagas revelou que recebeu mais apoio das pessoas de esquerda e que o feminismo foi um aliado importante durante o processo. A revelação foi feita nesta terça-feira (21), no Globo News Debate, apresentado pela jornalista Julia Duailibe e que teve a participação especial de Manuela D’ávila.

“Fui muito bem acolhida, não que eu não tenha recebido apoio da direita, recebi apoio de muitas seguidoras, abraços em palestras, até em três que fiz em Portugal. Recebi muito apoio sim, mas as críticas vorazes que teceram contra mim vieram de mulheres de direita. Mas, não tenho esse ressentimento até porque eu fui uma delas”, contou a influencer digital Cíntia Chagas ao longo do debate no programa.

Além disso, a influenciadora também contou que aprendeu bastante com a situação, isso porque ela tinha raiva de defender o que vivia. “Agora, talvez mais madura, eu olho para trás e vejo que a raiva que eu tinha das feministas vinha da raiva que eu tinha daquilo que eu vivia na minha casa, no meu casamento. Então, eu precisava externar isso. Era um processo de negação, o tempo todo eu falava bem do meu casamento para que eu mesma acreditasse que tinha dado certo”, explicou Cíntia.

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Relembre o caso de Cíntia Chagas

A influenciadora Cíntia Chagas viveu um relacionamento de 2 anos e 4 meses com o deputado Lucas Bove (PL/SP), com quem sofreu durante muito tempo violência doméstica e psicológica. Na época em que estavam juntos, ela foi ameaçada com socos e Cíntia admitiu que tinha medo do que poderia acontecer com ela se eles continuassem a relação, por isso decidiu sair de casa sete meses depois do casamento.

“Eu queria ter uma relação tradicional, bonita e romântica. Queria ser protegida, alguém de voz firme, ter um homem que fosse mais homem do que eu. Confundi força com abuso. Ele tem arma, se eu ficasse, o risco era virar mais uma vítima de feminicídio. Abri mão do amor que tenho por ele pelo meu amor próprio. Todas as mulheres deveriam fazer isso”, revelou Cíntia em entrevista à revista Marie Claire.

(Victoria Rodrigues, estagiária de Jornalismo, sob supervisão de Felipe Saraiva, editor web em Oliberal.com)