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Veja dicas para evitar crise de rinite e como tratar

A doença foi apontada como explicação para a mudança na voz da influenciadora Kéfera, que negou o uso de hormônios

Eva Pires e Lucas Quirino

Na última sexta-feira (5), Kéfera Buchmann negou ter usado hormônios, respondendo a especulações dos seguidores sobre uma mudança em sua voz. A influenciadora por stories que a alteração vocal foi causada por uma crise de rinite, uma condição inflamatória das mucosas nasais, que pode ser alérgica ou não. Conforme especialistas, as crises da doença podem levar ao anasalamento da voz. Saiba mais sobre essa condição e suas formas de controle e prevenção.

A rinite pode ter vários tipos, como a rinite alérgica ou infecciosa. Entre os principais sintomas, estão espirros, prurido nasal, coriza e obstrução nasal. Em relação aos gatilhos para uma crise de rinite, sobretudo a alérgica, fatores causais com alergênios são os principais fatores, é o que diz Breno Simões, médico otorrinolaringologista, membro efetivo da ABORL (Associação Brasileira de Otorrinolaringologia) e Presidente de Associação Paraense de otorrinolaringologia (APORL).

"São exemplos: poeiras, cheiros, mofos, ambientes fechados. E existem também casos em que você pode estar em contato com alguns alimentos, entre eles frutos do mar, chocolates, entre outros", afirma.

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Quais as formas de controle e prevenção?

Segundo o especialista, a principal abordagem de controle é a prevenção e o distanciamento dos alérgenos que o paciente tenha identificado como desencadeadores de sintomas.

"Para controlar a rinite alérgica, que é um dos tipos mais comuns, é necessário evitar os fatores alergênicos que já sabemos que nos traz algum sintoma. Por exemplo, se eu tenho os sintomas de rinite quando entro em contato com poeira, mofo ou algum cheiro forte, independente de qual seja, de tinta, fumaça ou algum produto químico de limpeza, eu devo evitar o contato. A maior forma de controle é a prevenção", pontua.

A rinite tem cura?

Sim, existem curas. Se for uma rinite infecciosa, o tratamento com medicamentos pode levar à cura do paciente. No entanto, pode haver recorrência esporádica da condição. Por outro lado, a rinite alérgica não possui cura definitiva, mas pode ser controlada por meio de tratamentos, principalmente focados na prevenção.

"E existe também, nos casos de rinites alérgicas, as vacinas, que é uma forma de nós prevenirmos e controlarmos essa doença que é tão comum e tão prevalente no nosso estado", diz.

Qual a diferença entre rinite e sinusite?

"Para entender a diferença, precisamos primeiro saber o conceito de sinusite, que é uma inflamação da mucosa dos seios paranasais. Só que de um tempo para cá, o termo mais utilizado é a Rinossinusite, pois já sabemos que na maioria dos casos, principalmente em casos de rinites e sinusites infecciosas, há uma inflamação em conjunto tanto da mucosa da fossa nasal, quanto da mucosa sinusal, ou seja, dos seios da face", declara.

Já as sinusites, de acordo com o médico, apresentam sintomas mais exuberantes. "O paciente vai apresentar queixas de dores e de congestão nasal bem mais evidentes, com secreção de coloração purulenta, podendo ser verde, amarelada ou até mesmo amarronzada", explica.

"Em resumo, a sinusite provoca uma inflamação da mucosa dos seios da face, dos seios paranasais, e geralmente tem um fator infeccioso associado, ou por bactéria, ou por fungos. Essa é a grande diferença entre elas, enquanto que uma rinite infecciosa pode ser causada pelos mesmos germes, mas ela não vai acometer os seios da face", conclui.

Uma vida adaptada para evitar crises alérgicas

imageUlyanna Cavalleiro foi diagnosticada com rinite alérgica na adolescência (Foto: Cristino Martins | O Liberal)

A estudante de jornalismo Ulyanna Cavalleiro apresentou sintomas da condição desde a infância e foi diagnosticada com rinite alérgica na adolescência. Desde então, a jovem precisou fazer uma série de adaptações em seu cotidiano para evitar as crises.

"A rinite tá em todos os momentos do meu dia, então tive que aprender a conviver com ela, tive que me adaptar, sempre tomo cuidado com a atividade que eu vou fazer. Se vou lavar roupa, eu tenho que usar máscara caso o produto tenha um odor forte. Eu tenho que usar perfumes mais fracos, não posso ter pelúcias, não posso ter e nem usar nada que tenha pelo, então busco evitar", relata.

Pelos de animais, poeira, odores fortes, fumaça, de origem de queimadas ou até mesmo de carros, são os principais desencadeadores da rinite que Ulyanna enfrenta. "Eu faço uso de antialérgicos e também de descongestionantes. Quando não consigo respirar normalmente, os descongestionantes são um alívio rápido para mim", afirma.

Eva Pires e Lucas Quirino (estagiários sob supervisão de João Thiago Dias, coordenador do núcleo Atualidade)

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