Como funciona o Ozempic Brasileiro? Entenda a diferença entre ele e outras canetas emagrecedoras
Embora as canetas sejam semelhantes, tratam-se de remédios com princípios ativos, funcionamento e dosagens diferentes

O "Ozempic Brasileiro", como estão sendo popularmente conhecidos os medicamentos Olire, para o tratamento da obesidade, e o Lirux, utilizado para tratar a diabetes tipo 2, chegaram nas farmácias nesta segunda-feira (04). Ambos têm desenvolvimento pela farmacêutica EMS e com produção realizada no Brasil, e já despertam a curiosidade sobre qualidade, semelhanças e diferenças com as demais canetas emagrecedoras, como o próprio Ozempic e o Monjauro.
Embora as canetas sejam semelhantes, trata-se de remédios com princípios ativos e funcionamento diferentes. Pensando nisso, o OLiberal.com aponta as principais diferenças entre Olire e Lirux (de produção brasileira), e canetas como Ozempic, Wegovy e Mounjaro.
VEJA MAIS
Quais as principais diferenças entre as canetas?
1. Princípio Ativo: Iiragutida x tirzepatida x semaglutida
A primeira diferença está no princípio ativo das canetas. Tanto o Olire quanto o Lirux são medicamentos à base de liraglutida, uma molécula análoga ao GLP-1, hormônio que é produzido pelo intestino e liberado na presença de glicose. Ele é o responsável por avisar ao cérebro que estamos alimentados, diminuindo o apetite e aumentando os níveis de insulina para equilibrar os níveis de açúcar no sangue.
O Ozempic e o Wegovy são medicamentos feitos à base de semaglutida. Ela atua na regulação do nível de glicemia e ajuda a promover maior sensação de saciedade.
Já o Mounjaro possui como princípio ativo a tirzepatida, que atua no organismo ativando os receptores do GLP-1 e do GIP. Os dois hormônios são encontrados em áreas do cérebro humano para a regulação do apetite, além de aumentar a produção de insulina pelo pâncreas.
2. Dosagem
As dosagens do novo medicamento brasileiro necessitam de aplicação diária, enquanto as de Ozempic, Wegovy e Mounjaro são semanais.
O Lirux tem a dose máxima de 1,8 mg por dia e é comercializado em embalagens com uma, duas, três, cinco e dez canetas. Enquanto que Olire tem a dose máxima de 3 mg por dia, com embalagens com uma, três e cinco canetas.
Já a dose máxima do Ozempic para tratamento de diabete tipo 2 é 1 mg semanal, enquanto a do Wegovy é 2,4 mg. Já o Mounjaro apresenta dose inicial de 2,5 mg por semana, com doses de manutenção (após quatro semanas da dose anterior) são 5 mg, 10 mg e 15 mg semanais.
Para quem o Olire e o Lirux são indicados?
O Olire é indicado para obesidade ou sobrepeso em pacientes com IMC acima de 27, desde que associado a alguma comorbidade, como diabete tipo 2, hipertensão, dislipidemia (colesterol alto), risco cardiovascular, doenças renais ou coronárias. Já o tratamento com Lirux é indicado para adultos, adolescentes e crianças acima de 10 anos com diabetes tipo 2, quando dieta e exercício físico sozinhos não conseguem controlar a glicemia.
(*Gabrielle Borges, estagiária de jornalismo, sob supervisão de Felipe Saraiva, editor web de OLiberal.com.)
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA