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Ozempic brasileiro: conheça o Olire e Lirux, que chegam às farmácias

Novas canetas de liraglutida fabricadas no Brasil são alternativas para obesidade e diabetes tipo 2, e estarão disponíveis a partir de 4 de agosto

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A partir desta segunda-feira, 4 de agosto de 2025, chegam às farmácias brasileiras as primeiras canetas de liraglutida produzidas no Brasil pela EMS: Olire (para obesidade) e Lirux (para diabetes tipo 2). Produzidas nacionalmente, esses medicamentos são considerados versões brasileiras de tratamentos como Ozempic e Wegovy.

O lançamento marca a entrada da primeira farmacêutica brasileira no mercado de análogos de GLP‑1, com investimento superior a R$ 1 bilhão em fábrica em Hortolândia (SP), inaugurada em 2024.

Como funcionam Olire e Lirux

Ambas as canetas utilizam o mesmo princípio ativo da classe GLP‑1, a liraglutida, que sinaliza ao cérebro a saciedade, reduz o apetite, aumenta a liberação de insulina e equilibra os níveis de glicose no sangue. Diferente da semaglutida (Ozempic/Wegovy), que exige aplicação semanal, a liraglutida precisa ser injetada diariamente — Lirux até 1,8 mg/dia e Olire até 3 mg/dia, conforme a embalagem.

Indicações dos medicamentos

  • Olire: indicado para obesidade ou sobrepeso (IMC ≥ 27) associado a comorbidades, como diabetes tipo 2, hipertensão, dislipidemia ou risco cardiovascular.
  • Lirux: recomendado para controle de diabetes tipo 2 em adultos, adolescentes e crianças acima de 10 anos, quando mudanças no estilo de vida não são suficientes.

Estudos mostram que pacientes tratados com Olire podem apresentar perdas de peso entre 8% e 10% em até um ano, embora a resposta varie individualmente.

Disponibilidade e preço

  • Inicialmente, serão distribuídas 150 mil canetas: 100 mil de Olire e 50 mil de Lirux, com venda nas redes Raia, Drogasil, Drogaria São Paulo e Pacheco, iniciando por lojas e sites nas regiões Sul e Sudeste;
  • Preços sugeridos: R$ 307,26 (1 caneta), R$ 507,07 (2 unidades de Lirux) e R$ 760,61 (3 unidades de Olire);
  • A expectativa é atingir 250 mil unidades até o final de 2025 e 500 mil até agosto de 2026.

Por que o lançamento é relevante?

A produção nacional representa uma redução de custo na comparação com as versões importadas e pode aumentar a disponibilidade do tratamento no SUS no futuro. Além disso, amplia a concorrência com marcas globais como Novo Nordisk e Eli Lilly, e investe em tecnologia de síntese química de peptídeos usada para gerar moléculas com alto grau de pureza.

Quando o "verdadeiro Ozempic" brasileiro chega?

Apesar dos novos lançamentos, as versões com semaglutida — princípio ativo original do Ozempic/Wegovy — ainda estão previstas apenas para o segundo semestre de 2026, após o vencimento da patente no Brasil. A EMS e concorrentes como Hypera já se preparam para lançar seus genéricos neste período.

E se comparado ao Ozempic e Mounjaro?

A liraglutida tem eficácia menor do que a semaglutida: perda média de cerca de 6% com liraglutida, ante cerca de 15% com semaglutida. Além disso, exige aplicação diária, o que pode comprometer a adesão ao tratamento para alguns pacientes. Ainda assim, a maior acessibilidade e produção nacional sinalizam uma nova fase na oferta desses tratamentos no Brasil.

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