Cerveja engorda? Nutricionista desvenda 5 mitos sobre a bebida
Saiba se a cerveja é a vilã da barriga e entenda a qualidade dos ingredientes, calorias e benefícios
Beber cerveja engorda? A dúvida é comum, mas a nutricionista Andrea Zaccaro, mestre em ciências da saúde pela Faculdade de Medicina do ABC (SP), esclarece os mitos e verdades sobre o consumo da bebida.
Muitas pessoas receiam que a cerveja cause ganho de peso. Contudo, Andrea Zaccaro afirma que, se consumida com moderação, a bebida pode integrar uma dieta equilibrada. Em entrevista ao Metrópoles, ela destaca que a cerveja contém antioxidantes, vitaminas e minerais.
“Se consumida moderadamente, ela pode fazer parte de um estilo de vida balanceado já que, como o vinho, contém antioxidantes e algumas vitaminas e minerais, provenientes dos cereais como milho, arroz, trigo e do lúpulo”, explica.
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Confira 5 mitos e verdades sobre os efeitos da cerveja no organismo
1. Não causa a "barriga de cerveja"
Um dos mitos mais difundidos é que a cerveja é a principal responsável pela gordura abdominal. No entanto, estudos indicam que a bebida não causa diretamente o aumento de peso se consumida com moderação.
A nutricionista explica que o ganho de peso está mais associado ao consumo exagerado de cerveja ou à ingestão de grandes quantidades de alimentos gordurosos, como os petiscos que geralmente acompanham a bebida.
2. Calorias da cerveja não são tão altas
Uma lata de cerveja de 350 ml contém aproximadamente 120 calorias. Além disso, ela possui compostos benéficos à saúde, como antioxidantes, e apresenta baixo teor alcoólico.
É importante saber que o teor alcoólico eleva a quantidade de calorias, com 1 grama de álcool equivalendo a 7 kcal. Cervejas puro malte, por exemplo, tendem a ter um teor alcoólico maior e, consequentemente, mais calorias do que as produzidas com milho. O vinho, por sua vez, é geralmente mais calórico que a cerveja, o que a posiciona como uma opção com menor teor calórico.
3. Qualidade nos ingredientes, não só no rótulo
A nutricionista Andrea Zaccaro aponta que a qualidade da cerveja reside nos ingredientes utilizados em sua fabricação, e não apenas na quantidade de componentes listados no rótulo.
A composição da bebida pode variar significativamente além da tradicional água, lúpulo e malte. Há cervejas feitas com arroz, trigo, milho, frutas vermelhas e até mel, o que agrega diferentes nutrientes à sua composição final.
4. Pode ajudar a evitar problemas cardiovasculares
Estudos demonstram que, apesar dos riscos do consumo excessivo, a cerveja, em moderação, oferece benefícios. A capacidade antioxidante da bebida, seu impacto no perfil lipídico e no sistema de coagulação podem reduzir a probabilidade de doenças cardiovasculares.
Esses efeitos positivos também contribuem para diminuir a mortalidade geral. A cerveja está entre as bebidas consideradas benéficas, desde que consumida em pequenas quantidades, conforme pesquisas.
A recomendação é de uma dose diária para mulheres (350 ml) e duas doses para homens (700 ml).
5. Antioxidantes da cerveja são benéficos à saúde
A cerveja é produzida com ingredientes naturais, como o lúpulo. Este componente, além de conferir o amargor característico da bebida, é rico em antioxidantes.
Essas substâncias têm a capacidade de impedir a formação de radicais livres ou de neutralizá-los, prevenindo que se tornem prejudiciais ao organismo.
(Jennifer Feitosa, Jovem Aprendiz, sob supervisão de Vanessa Pinheiro, editora web de oliberal.com)
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