Catedral de Nossa Senhora da Conceição foi erguida sobre cemitério indígena em Santarém

Segundo o historiador Sidney Canto, a construção teria levado 65 anos para ficar pronta

Ândria Almeida
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Você sabia que a Catedral de Nossa Senhora da Conceição em Santarém foi construída sobre um cemitério indígena e que a construção do lugar levou 65 anos? Segundo o historiador Sidney Canto, a construção da Catedral foi iniciada em 1754, sob o comando do então Governador do Grão-Pará, Francisco Xavier de Mendonça Furtado. O lugar foi concluído somente no ano de 1819.

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Ainda segundo o historiador, no ano de 1836, a Igreja foi “invadida pelos 'cabanos' que lhe impuseram estragos em grande parte de sua arquitetura original”, contou.

O historiador diz que de acordo com relatos, a igreja foi construída em cima dos restos de um antigo cemitério indígena. “Tal fato pode ser comprovado pela considerável incidência de objetos de cerâmica, típicos da cultura dos povos que habitavam a região antes da chegada dos colonizadores europeus, que se encontram ao fazer escavações ao redor do templo”, enfatizou.

Essas evidências, conta o historiador, foram registradas no diário do professor Emir Bemerguy, durante a reforma promovida por Frei Vianney Miller, a mando de Dom Tiago, no dia de 11 de julho de 1968.

“A propósito, contou-me Isoca o seguinte: o pároco levara-o à Igreja em reconstrução para mostrar-lhe diversos ossos – sobretudo fêmures – encontrados nas escavações que se vem realizando para colocar o novo piso. Não se tem certeza sobre o local exato em que estaria situado o primeiro cemitério dos índios Tupaius ou Tapajós, primitivos donos destas terras; com a descoberta de agora, entretanto, talvez se esclareça o enigma, pois havia suposições de que nossa matriz fosse edificada sobre a necrópole dos silvícolas”, descreveu no diário.

Igreja também serviu de cemitério 

O historiador conta que a Igreja Matriz serviu como cemitério, onde foram sendo sepultadas algumas pessoas influentes nos séculos XVIII e XIX. Entre essas pessoas podemos citar o pároco de Santarém, padre Felippe Santiago, falecido em 1775, e o juiz da comarca de Santarém, Dr. Raimundo José de Lima, falecido em Santarém na noite de 1º de novembro de 1845, sendo sepultado no interior da igreja no dia seguinte. 

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“Sim, muitos dos falecidos em Santarém entre os anos de 1760 e pelos quase 100 anos seguintes foram sepultados dentro da nossa Catedral, até que se inaugurasse o Cemitério de Nossa Senhora dos Mártires, em meados do século XIX”, enfatizou Sidney Canto.

Ao longo dos anos o lugar passou por inúmeras reformas e foi descaracterizado, afirma o historiador.

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