Zema diz que não se pode colocar interesse pessoal acima do País ao citar Eduardo Bolsonaro
Em evento do Novo, Zema faz críticas ao governo petista e ao Judiciário e lança candidatura

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), afirmou que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) precisa rever a maneira como tem atuado na articulação direta com o governo dos Estados Unidos.
“Não podemos colocar questões particulares acima do que é melhor para 210 milhões de brasileiros. Se alguém se coloca acima da nação, há um equívoco. O Brasil deve vir em primeiro lugar”, disse Zema à CNN Brasil, após evento de lançamento de sua pré-candidatura à Presidência da República no sábado (16).
Não é a primeira vez que o governador se posiciona sobre o tema. No fim de julho, Zema afirmou que, apesar de “bem-intencionado”, Eduardo coloca os interesses do Brasil “abaixo” de interesses particulares.
As críticas surgem em meio às discussões sobre o aumento de 50% nas tarifas de exportação brasileiras imposto pelo governo de Donald Trump, atribuído a movimentações políticas de Eduardo, que está morando nos EUA. O parlamentar pediu licença do cargo e classificou sua mudança ao país como “exílio”. Após o vencimento da licença, quatro pedidos de cassação foram enviados ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.
Em entrevista à BBC na última semana, Eduardo comentou sobre o impacto econômico do aumento das tarifas: “Os brasileiros estão entendendo que existe um sacrifício a ser feito”.
Apesar das críticas à atuação do deputado, Zema manifestou solidariedade ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em prisão domiciliar desde o início do mês, e ressaltou sua importância para o campo conservador: “Bolsonaro é, sem dúvida, o maior nome da direita”.
Pré-candidatura à Presidência
Durante o encontro nacional do partido Novo em São Paulo, Zema lançou oficialmente sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto, criticou a gestão do governo petista e fez ressalvas ao Judiciário.
O governador vem endurecendo o discurso para se apresentar como um candidato de centro-direita para 2026 e pretende intensificar viagens pelo País nos próximos meses.
Zema também comentou sobre possíveis ajustes durante a campanha: “Eu vejo com naturalidade essas mudanças na política. Os candidatos, muitas vezes, são considerados e outras vezes não. Mas o nosso projeto é permanecermos candidatos”, disse.
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