Vereador de Ananindeua propõe fim da obrigatoriedade do uso de máscara, mas Câmara rejeita

Assunto foi debatido durante a sessão desta terça-feira

Daleth Oliveira / O Liberal
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Durante sessão ordinária da Câmara de Ananindeua desta terça-feira (19), vereadores rejeitaram o requerimento que pedia ao prefeito Daniel Santos (MBD) o fim da obrigatoriedade do uso de máscaras faciais, ferramenta importante no combate ao coronavírus. A iniciativa foi do parlamentar Zezinho Lima (Avante).

Pelo requerimento, o uso de máscara facial em locais abertos ou fechados não deveria mais ser obrigatório. Zezinho justifica que a maioria da população já se vacinou, além da diminuição drástica do coronavírus na cidade.

Na justificativa, o autor da matéria citou também efeitos que as máscaras podem causar em determinadas situações, principalmente em casos de respiração ofegante, como o que ocorre na prática de atividades físicas. "A própria Organização Mundial da Saúde não recomenda uso de máscara para praticas exercícios físicos, conforme matéria veiculada em 22 de junho de 2020, no Metrópoles, por entender que “pode diminuir a capacidade respiratória e suor pode molhar o item de proteção”", diz o texto enviado para a aprovação da Câmara.

Zezinho justificiou também que não é raro encontrar trabalhadores que exercem suas atividades laborais ao ar livre, sob intenso calor, obrigados a utilizar uma máscara facial que muitas vezes são produzidas de pano, cuja gramatura é espessa, "o que torna ainda mais torturante e desumano essa obrigatoriedade", afirmou, citando os lixeiros, prestadores de serviços gerais, empregados da construção civil, jardineiros, entre outras profissões. "Em Ananindeua não há quase nenhum registro recente de contaminações e mortes pelo Covid-19, viabilizando assim a volta da vida normal sem máscaras, principalmente diante do sofrimento causado em função dos vários Lockdowns e isolamentos necessário efetuados pelas autoridades competente". 

O vereador disse ainda que Ananindeua foi o município que mais vacinou no Pará e, por isso, poderia sair na frente nessa iniciativa. "Não estamos propondo que as pessoas deixem de usar máscaras, quem quiser continuar usando, use, mas podemos deixá-las livre para decidir usar ou não. Estamos vendo muitos eventos sendo realizados na região metropolitana, onde 90% das pessoas não usam máscaras. Então, não tem porque uns usarem e outros não”. 

Mais cedo, a casa fez um minuto de silêncio pela morte do professor Luis Antônio, mais conhecido como Junior. Ele faleceu de complicações da COVID-19 nesta segunda-feira (18). O educador foi um dos percursores do Cursinho pré-vestibular Municipal de Ananindeua. 

“Ontem nós perdemos o professor Junior por covid. Em Belém, o prefeito que tomou as duas doses precisou ser internado com a doença. Nós não podemos ser irresponsáveis de dizer que quem quiser usar máscara, use. Pois tem pessoas que mesmo com a obrigatoriedade acabam não usando. Imagine se nós aprovarmos um requerimento desse. Todos os órgãos de saúde falam que pra vencermos a pandemia são necessários: vacina e uso de máscaras, então não podemos ser contra essas recomendações”, disse o vereador Braga (MDB), ao se posicionar contra a proposta de Zezinho. 

Prefeito de Ananindeua, Daniel Santos esteve na Universidade localizada na BR 316, onde as sessões da Câmara Municipal estão sendo realizadas. Questionado sobre o assunto, ele disse que ainda não é o momento de debater o fim do uso de máscara. “Eles tomaram a decisão correta. Acho que tem que esperar estudos ainda, com mais calma”.

Após apresentação do requerimento, 17 vereadores votaram contra, mas houve três abstenções e dois votos a favor da  matéria (o próprio Zezinho e o vereador Dede (PL). 

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