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TRE retoma julgamentos no próximo dia 10

Seis Ações de Impugnação de Mandato Eletivo (AIMEs) estão para serem julgadas, protocoladas no início de 2021. Sete vereadores podem ser cassados ao final dos julgamentos.

Sérgio Chêne

Na próxima quinta-feira (10), o Pleno do Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-Pará) deve retomar os julgamentos dos processos referentes aos registros de candidatura, nas eleições de 2020, dos partidos PROS, Patriota, Avante, PSD e PTB, sob suspeita de fraude relacionada à cota de gênero, do não cumprimento da Emenda Constitucional (EC) nº 97/2017, que disciplina a obediência ao mínimo de 30% de mulheres filiadas para concorrer ao pleito eleitoral. Seis Ações de Impugnação de Mandato Eletivo (AIMEs) estão para serem julgadas, protocoladas no início de 2021

Em se identificando a existência de fraude na cota de gênero, toda a chapa fica comprometida, com efeito retroativo, o que deve gerar a cassação dos mandatos dos vereadores eleitos por fraude eleitoral e anulação dos votos no partido.

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As últimas movimentações da Corte referentes as AIMEs ocorram em dezembro de 2021. Caso os TRE julgue procedentes as alegações e fatos contidos nos recursos movidos pelo MDB (demais partidos) e PSOL, podem perder os mandatos os vereadores Túlio Neves (PROS), Roni Gás (PROS), Pastora Salete (Patriota), Josias Higino (Patriota), Zeca do Barreiro (Avante), Dona Neves (PSD) e João Coelho (PTB) e seus respectivos suplentes. O imbróglio na Justiça Eleitoral esteve relacionado aos inúmeros pedidos de vistas feitos, o que o Tribunal negou em nota e quando anunciou a retomada agora em fevereiro. 

Gizelle Freitas, candidata do PSOL pela bancada das Mulheres Amazônidas, Toré Lima (DEM), Eduarda Bonanza (PL), Simone Kawage (Cidadania), Welington Magalhães (MDB) e Wilson Neto (PV) aguardam o desfecho na JE. As cidades de São Miguel, Acará, Soure e Bragança já registraram casos de cassação de vereadores por fraude na cota de gênero feminino.

De acordo com os processos, registra-se uma série de irregularidades, dentre elas, candidaturas fictícias, fraude na cota de gênero (com a substituição do gênero masculino) e lançamentos de candidatas sem o devido repasse no valor do fundo de financiamento partidário. Em um dos processos, o PTB requereu o registro de candidatura de 17 filiados, sendo 11 homens e 06 mulheres. Duas candidaturas (uma de cada gênero) foram indeferidas e foram substituídas.

O substituto masculino foi deferido, enquanto que a reposição feminina não foi aceita. Com esse tipo de manobra ou artifício, de acordo com a acusação, várias mulheres foram cedendo lugar a candidaturas masculinas. E assim foi para o financiamento e o uso em espaço de TV e Rádio.

No polêmico caso envolvendo as seis legendas e os sete vereadores, consta a Ação de Investigação Judicial Eleitoral nº 0600531-46.2020.6.14.0096, onde o Partido Verde aponta que Aline Michelly do Socorro, Andreia Pinheiro, Elinora Correa e Rita de Cassia Serrão Moraes foram utilizadas pelo PROS como "laranjas" para cumprir a cota de gênero. Segundo a AIJ, o PROS já tinha conhecimento da inexigibilidade das supostas candidatas por inconsistências em documentos no registro de candidaturas, mas seguiu com os registros. As quatro mulheres passaram a ser investigadas.

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