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Telegram indica novos representantes no Brasil; plataforma foi ameaçada de suspensão

Plataforma está na mira do PF por envio de mensagens falsas

O Liberal

O Telegram indicou ao STF (Supremo Tribunal Federal) o nome de quatro advogados que vão defender a plataforma no Brasil. A manifestação foi enviada após cobrança do ministro Alexandre de Moraes, que ameaçou suspender a plataforma por 48 horas caso não fossem nomeados novos representantes.

Os novos advogados da empresa são Marcel Leonardi, Fernanda Simplicio, Maia Guilherme e Viana Guilherme Nunes Lima. A renúncia foi comunicada pelos advogados no último dia 16 e foi motivada por "razões de foro íntimo".

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O site UOL apurou que o principal motivo para a renúncia foram as intimações pessoais do advogado Alan Thomaz. Isso fazia com que ele fosse tratado como um representante administrativo do Telegram no Brasil, e não sócio do escritório que defende a empresa em processos judiciais.

Thomaz foi ouvido pela PF no inquérito que mira o Telegram por disparar mensagem contra o PL das Fake News. Ele informou aos investigadores que não presta mais serviços para a empresa.

Em decisão proferida na tarde desta sexta-feira (27), Alexandre Moraes afirmou que a saída do advogado deixou o Telegram sem representante no país, dificultando o acesso da Justiça à empresa.

"Diante do exposto, DETERMINO QUE SE INTIME a empresa TELEGRAM INC. para que, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, iniciadas a partir da intimação pelo canal eletrônico por ela informado proceda à indicação, em Juízo, de representação oficial no Brasil (pessoa física ou jurídica), sob pena de suspensão do funcionamento dos serviços do TELEGRAM no Brasil, pelo prazo inicial de 48 (quarenta e oito) horas", diz um trecho da decisão do ministro. 

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Inquérito

O Telegram, como o Google, é alvo de um inquérito instaurado no Supremo a pedido da PGR. O objetivo é investigar dirigentes das duas empresas que tenha participado de uma campanha de desinformação contra o PL 2630, o PL das Fake News.

A manifestação da PGR se baseou em uma notícia-crime enviada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que apontou "contundente e abusiva ação" das plataformas contra o projeto de lei.

Lira apontou que tanto o Google quanto o Telegram visam "resguardar seus interesses econômicos" e "tem lançado mão de toda a sorte de artifícios em uma sórdida campanha de desinformação, manipulação e intimidação"

São mencionados o link disponibilizado na página inicial do Google e a mensagem disparada pelo Telegram a todos os usuários, ambos críticos ao PL das Fake News. Eles já foram retirados do ar.

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Na avaliação da Câmara, as plataformas podem ter cometido crimes contra as instituições democráticas, contra a ordem consumerista e crimes contra a economia e as relações de consumo.

O cenário fático narrado aponta para a existência de elementos de informações mínimos da prática de conduta delituosa que fundamentam a possibilidade de instauração de procedimento de investigação sob a supervisão do Supremo Tribunal Federal, a exemplo do que ocorre em caso similar sob apuração desta Corte.

No último dia 10, Moraes mandou o Telegram deletar, em uma hora, a mensagem enviada contra o PL das Fake News. Na decisão, Moraes ameaçou suspender a plataforma no país por 72 horas caso ela descumprisse a medida.

O ministro determinou ainda que o Telegram envie novo comunicado dizendo que a mensagem anterior do aplicativo caracterizou "ilícita desinformação". A plataforma cumpriu a decisão e enviou o texto ontem a todos os usuários.

Política