Tarcísio volta a criticar Haddad e reitera que não atuou para derrubar MP alternativa ao IOF

A polêmica teve início após parlamentares petistas afirmarem que o governador teria atuado, direta ou indiretamente, para barrar a MP

Estadão Conteúdo
fonte

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), voltou a negar nesta terça-feira, 14, ter atuado para derrubar a Medida Provisória (MP) que buscava alternativas ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O chefe do Executivo paulista afirmou que o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), quis apenas "ser gentil" ao agradecer-lhe pela derrota do governo federal em plenário, e disse que estão "levando seu nome em vão".

"(Sóstenes) quis ser gentil. O fato é que eu estou focado aqui em São Paulo, e esse assunto é um assunto do Congresso, né? Eu acho que a articulação política cabe ao governo. É ele que tem a responsabilidade, né, de aprovar ou não matérias dentro do Parlamento", disse Tarcísio.

VEJA MAIS 

image Ciro Nogueira defende um candidato 'estilo Tarcísio' para 2026

image Relatório do Círculo de Ministros de Finanças da COP 30 terá cinco prioridades, diz Haddad
Junto ao relatório, o círculo também avança em iniciativas estratégicas para a COP30, como o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF)

As declarações do governador foram dadas após a entrega de um conjunto habitacional de R$ 63 milhões na zona oeste da capital paulista ao lado do prefeito e aliado, Ricardo Nunes (MDB). Durante sua fala, o governador voltou a criticar o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com quem tem travado uma disputa pública. Na semana anterior, Tarcísio havia publicado nas redes sociais um vídeo em que dizia que o petista precisava "tomar vergonha na cara".

"Acho que o Haddad tem uma preocupação maior pra ele, que é a questão fiscal. Todo mundo está preocupado com o rumo fiscal do Brasil", afirmou. "A gente não quer, lá na frente, ter um dessabor, né? Não quer ver o País flertando com superendividamento, inflação alta e, eventualmente, recessão."

O chefe do Executivo paulista disse torcer para que o governo federal adote um rumo fiscal responsável, e alertou para os riscos da atual trajetória das contas públicas. Segundo ele, o País já arrecadou cerca de R$ 3 trilhões até outubro, o que representa aproximadamente 19,5% do Produto Interno Bruto (PIB), mas ainda assim deve registrar déficit primário neste ano.

Tarcísio observou que o déficit nominal tem elevado a relação dívida/PIB, o que classificou como "perigoso para o País". "Ajustes são necessários, e a gente torce para que esses ajustes sejam feitos", completou.

A polêmica teve início após parlamentares petistas afirmarem que o governador teria atuado, direta ou indiretamente, para barrar a MP. O próprio Haddad reagiu publicamente, ao dizer que "um governador de Estado agiu em detrimento dos interesses nacionais para proteger a Faria Lima", mas que, apesar disso, o governo federal "não vai prejudicar São Paulo".

Assine O Liberal e confira mais conteúdos e colunistas. 🗞
Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Política
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

RELACIONADAS EM POLÍTICA

MAIS LIDAS EM POLÍTICA