Silvio Almeida anuncia campanha contra exploração infantil no Marajó: 'Não sou negacionista'

Durante lançamento da Escola de Conselhos, em Breves, o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, afirmou que o governo trabalha com medidas efetivas para a região

O Liberal
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O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, anunciou nesta terça-feira (19), durante agenda em Breves, no Arquipélago do Marajó, uma campanha nacional de combate à exploração e ao abuso sexual contra crianças e adolescentes. A iniciativa, segundo informou o ministro, deve ser lançada no dia 18 de maio, data oficial de enfrentamento a essas violências, com uma estratégia nacional ligada ao tema. Esta é a segunda vez no mês que Almeida cumpre agenda no Marajó. O ministro já havia ido em Curralinho, no dia 11. 

O anúncio foi feito durante o lançamento da Escola de Conselhos do Pará, uma ação conjunta do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), da Universidade Federal do Pará (UFPA) e do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (CEDCA). A escola, que recebeu investimento de R$ 1 milhão, tem como objetivo formar atores do Sistema de Garantia dos Direitos do público infantojuvenil, além de capacitar conselheiros tutelares e de direitos para combater violações de direitos na região.

Durante o anúncio, Almeida enfatizou que o governo federal não é “negacionista” e destacou a importância de políticas públicas eficazes para enfrentar problemas como a violência contra crianças e adolescentes. "Temos de fazer política pública e sermos absolutamente intolerantes com quem comete violência contra crianças e adolescentes. Isso é inadmissível. Precisamos ter políticas de educação, cultura, cuidar das famílias, ter saúde e olhar para as crianças que não têm pai nem mãe", afirmou o ministro.

"Não sou negacionista"

Ao reconhecer que a região enfrenta diversos desafios sociais, Almeida voltou a criticar a disseminação de fake news, como já havia feito na sua primeira ida no mês ao Marajó. “Não sou negacionista. Não desacreditamos a verdade. O Marajó tem problemas, sim. Tem pobreza? Tem. Tem uma situação de fragilidade social muito grande? Tem. Existe abuso e exploração sexual infantil? Existe. Ninguém nunca disse que não existe”, afirmou o ministro Silvio Almeida. 

image Almeida frisou que os problemas precisam ser enfrentados com seriedade (Divulgação / Ascom MDHC)

Em seguida, ele disse reconhecer que existem problemas sérios, mas eles precisam ser tratados com seriedade e respeito. “O que não podemos aceitar é que uma região com tantas possibilidades, uma região com tanta gente que luta, uma região que há muito tempo vem lutando incessantemente para mudar esta realidade, seja caracterizada pelos seus problemas, unicamente, e não pela luta que faz para mudar esta realidade”, completou o ministro. 

Durante o evento, Silvio Almeida também destacou a necessidade de políticas permanentes para a região do Marajó, citando a importância do programa Cidadania Marajó, que tem como objetivo a promoção de cidadania e direitos e o combate à exploração e ao abuso sexual de crianças e adolescentes. “Nós sabemos que a resposta concentrada, organizada e que pudesse dar molde para uma política pública permanente tem que ser dada aqui no Marajó”, finalizou Silvio Almeida.

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Agenda em Belém

Nesta quarta-feira, ministro cumpre agenda em Belém. Ele e outras autoridades participam da cerimônia de posse do Conselho Gestor da Escola de Conselhos do Pará, a partir das 10h, seguido de uma mesa de lançamento das ações formativas da Escola de Conselhos do Pará. As agendas ocorrem na sede da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). Na ocasião, Almeida deve conversar com a imprensa.

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