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Servidores do Banco Central em Belém pedem reajuste salarial de 26,3%

Órgão possui 44 funcionários no Pará, que também pedem reestruturação e novas contratações

Eduardo Laviano
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Funcionários do Banco Central que atuam no escritório regional da instituição no Pará realizaram um ato na manhã desta quarta-feira (6) que pede reajustes de 26,3% nos salários para o Governo Federal.

A manifestação ocorreu em frente a sede do BC em Belém, na rua Boulevard Castilhos França, e é a alusiva a greve deflagrada nacionalmente no início do mês e que, entre outras postulações, pede também uma reestruturação do quadro de funcionários e novas contratações para desafogar o fluxo de trabalho do órgão. 

Thiago Creão é técnico do Banco Central em Belém e conta que o órgão já teve mais de 200 funcionários na capital paraense. Com a diminuição do pessoal, serviços foram descontinuados e departamentos foram extintos dentro da estrutura da instituição, o que sobrecarregou de demandas os funcionários remanescentes. "Nossa pauta é a reestruturação e modernização da carreira, valorização da regional e reposição das perdas salariais. A adesão está crescendo mas a gente está em conflito no sentido de argumentação sobre a essencialidade dos serviços. É difícil. O Governo Federal não está simpático a causa do funcionalismo federal, mas esse é o dispositivo legal para buscarmos os direitos e corrigir distorções", pontua.

Segundo ele, a diretoria não tem sinalizado oxigenação do quadro dos funcionários, o que impacta diretamente nos serviços prestados. O atendimento presencial ao público, por exemplo, não existe mais no órgão.

O presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central em Belém, Reginaldo Santos, lamenta as perdas causadas pela inflação após cinco anos sem reajustes. Para ele, a revisão dos valores é urgente. 

"Graças a Deus a greve foi bem aceita. Chega de tanta humilhação. Entregamos para a sociedade um trabalho de qualidade e os presidentes que por aqui passam só passam só pensam em se promover para que depois saiam para organizações internacionais", afirma.

Santos diz que para a greve cessar, primeiramente é preciso estabelecer diálogos construtivos para ambas as partes sobre o tema. "Só chamam para dizer que não é possivel [o reajuste], que o momento econômico é difícil. Se eles se manterem irredutíveis, continuaremos irredutíveis também", avisa. 

Em nota, o Banco Central afirmou que reconhece o direito dos servidores de promoverem manifestações organizadas e que confia na "histórica dedicação, qualidade e responsabilidade dos servidores e de seu compromisso com a Instituição e com a sociedade".

A instituição também alegou que possui planos de contingência para manter o funcionamento dos sistemas críticos para a população, os mercados e as operações das instituições reguladas, tais como STR, Pix, Selic, entre outros.

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