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Senadores reagem à fala de Gilmar Mendes contra mandato fixo no STF: ‘eles não são semideuses’

Proposta estabelece mandado de 8 anos para ministros do Supremo

O Liberal
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A declaração do ministro Gilmar Mendes contra a proposta de estabelecer mantados fixos para os membros do Supremo Tribunal Federal (STF) causou reação de senadores que defendem a mudança. “A proposta não tem nada de mais, a não ser impor ao Supremo o sentimento de que eles não são semideuses e que estão sujeitos a mudanças”, declarou Plínio Valério (PSDB-AM), autor da PEC 16/2019 que prevê mandatos de 8 anos para ministros da mais alta corte judiciária do país e também estabelece prazos para indicação, aprovação no Senado e nomeação.

De acordo com o senador, a PEC “não deve ser vista como um ato de revanchismo”. Valério afirma que ela busca “promover uma visão equilibrada e democrática do funcionamento do STF” e, se a mudança for concretizada, os juízes “se sentirão como seres humanos normais” e estarão “sujeitos a avaliações e aperfeiçoamentos periódicos”.

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Nesta terça-feira (3), Gilmar Mendes usou suas redes sociais para criticar a proposta de mandato fixo no STF. “Agora, ressuscitaram a ideia de mandatos para o Supremo. Pelo que se fala, a proposta se fará acompanhar do loteamento das vagas, em proveito de certos órgãos. É comovente ver o esforço retórico feito para justificar a empreitada: sonham com as Cortes Constitucionais da Europa (contexto parlamentarista), entretanto o mais provável é que acordem com mais uma agência reguladora desvirtuada. Talvez seja esse o objetivo”, escreveu.

A fala do ministro foi dada após o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD/MG) defender a abertura de uma discussão sobre o tema no Congresso Nacional. 

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Divergências sobre o tema também estão dentro do próprio Supremo

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Declaração foi dada pelo presidente do colegiado, Davi Alcolumbre, após ser cobrado pelo senador Plínio Valério. Relator deve ser designado nos próximos 15 dias

Além de Plínio Valério, outros senadores se manifestaram sobre as declarações de Mendes. Para Alessandro Vieira (MDB-SE), por exemplo, o ministro “se recusa a respeitar os limites constitucionais da sua própria atuação”. Ele afirmou que a atitude de Gilmar é “ridícula” uma vez que “se trata de integrante da Corte que, justamente, interpreta e defende os limites da Constituição” e que “o Congresso tem óbvia e ampla legitimidade para discutir mandatos para o STF”.

O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) classificou como “lamentável” a atitude de Gilmar Mendes e afirmou que o ministro “desdenha” da proposta do Senado. “O que chama de ‘esforço retórico’ nós chamamos de trazer ao debate político e democrático as legítimas demandas e anseios do povo que nos elegeu”, declarou em seu perfil na rede social.

“É lamentável a atitude do ministro Gilmar Mendes, que desdenha da proposta do @SenadoFederal que pretende limitar o mandato dos ministros da suprema corte. O que o ministro chama de “esforço retórico”, nós chamamos de trazer ao debate político e democrático as legítimas demandas e anseios do povo que nos elegeu”, escreveu.

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