Saiba quem é Domingos Brazão, apontado por Ronnie Lessa como mandante da morte de Marielle Franco
Domingos Brazão já enfrentou diversas acusações e mesmo prisão ao longo da carreira política
Domingos Brazão, de 58 anos, com uma extensa trajetória política que inclui cinco mandatos consecutivos como deputado estadual, vereador e, recentemente, como conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), enfrenta a maior acusadão de sua carreira. O site The Intercept Brasil divulgou, nesta terça-feira (23), que Brazão foi mencionado em uma delação premiada realizada pelo PM reformado Ronnie Lessa, que o apontou como um dos supostos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco, ocorrido em março de 2018.
O ex-policial Ronnie Lessa, réu confesso do assassinato de Marielle e do motorista Anderson Gomes, apontou Brazão como parte do suposto plano de vingança contra Marcelo Freixo, ex-deputado estadual e atual presidente da Embratur. A animosidade entre Brazão e Freixo remonta aos tempos em que ambos ocupavam cargos na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
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A delação premiada precisa ser homologada pelo Superior Tribunal Federal (STF), considerando o foro privilegiado de Domingos Brazão. A principal hipótese para o envolvimento de Brazão no crime seria a retaliação contra Freixo, com quem Marielle trabalhou por aproximadamente 10 anos antes de se tornar vereadora.
Em 2011 foi acusado de comprar votos
Domingos Brazão já enfrentou diversas polêmicas ao longo de sua carreira política. Em 2011, foi acusado de comprar votos por meio de uma ONG vinculada a ele durante a campanha para deputado estadual. Em 2014, enfrentou um processo por ameaça à radialista e, na época, deputada Cidinha Campos, alegando ter "matado vagabundo" no passado.
Além disso, Brazão foi afastado do TCE-RJ em 2017, dois anos após assumir o cargo, e foi preso sob suspeita de corrupção e envolvimento na Operação Quinto do Ouro, desdobramento da Operação Lava Jato no Rio. Em março de 2023, após seis anos de afastamento, a 13ª Câmara de Direito Privado determinou seu retorno ao TCE-RJ.
Em 2019, Brazão já havia sido vinculado às investigações do assassinato de Marielle, sendo acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por obstrução de Justiça, porém, a denúncia foi arquivada. O político, ao longo de seus 25 anos de vida pública, acumulou controvérsias, processos judiciais e suspeitas de corrupção e homicídio.
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