Relatório da Human Rights Watch critica governo Lula por não combater a violência policial
Documento afirma que. apesar da criação do Ministério da Igualdade Racial, as políticas voltadas para a segurança pública deixaram de lado as pessoas negras

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi criticado pela Human Rights Watch por negligenciar pautas relacionadas ao combate à violência policial e aos direitos humanos na política externa. O relatório divulgado nesta quinta-feira (11) destaca que, apesar da criação do Ministério da Igualdade Racial, liderado por Anielle Franco, as políticas voltadas para a segurança pública deixaram de lado as pessoas negras.
O documento utiliza dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública para evidenciar o aumento da violência policial em 16 estados durante o primeiro semestre de 2023 em comparação ao ano anterior. Mesmo que as polícias estejam sob responsabilidade direta dos governadores, a esfera federal é apontada como influente nesse cenário.
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Em relação à política externa, o relatório destaca posturas conflitantes do governo, ressaltando que, enquanto Lula pressionou por ajuda humanitária à Palestina, relativizou o regime ditatorial de Nicolás Maduro na Venezuela. O presidente foi criticado por minimizar a situação na Venezuela, mesmo diante de ações autoritárias e abusos de direitos humanos do governo Maduro.
Entidade afirma que Lula deveria aproveitar visibilidade internacional
A Human Rights Watch defende que a visibilidade internacional buscada por Lula em 2023 deveria ter sido utilizada para combater regimes extremos e autocráticos, independentemente da posição política do país.
O relatório também elogia a atuação do governo petista em questões relacionadas à sustentabilidade e preservação ambiental, especialmente na Amazônia, citando a redução de 50% do desmatamento em um ano, conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). No entanto, o presidente foi comparado a Jair Bolsonaro, sendo criticado por escolher um procurador geral da República fora da lista tríplice elaborada por procuradores.
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