Processos que pedem cassação de Moro começam a ser julgados nesta segunda-feira
Julgamento: Ações são analisadas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PR)

O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) começa a julgar, nesta segunda-feira (1º), duas Ações de Investigação Judicial Eleitoral (AIJEs) movidas pelo Partido Liberal (PL) e pela Federação Brasil da Esperança - FÉ BRASIL (PT/PCDOB/PV) contra o senador Sérgio Moro, do União Brasil. Os processos foram ajuizados em novembro e dezembro de 2022 e pedem a cassação do mandato de Moro, por suposto abuso de poder econômico durante a pré-campanha eleitoral daquele ano, o que teria causado desequilíbrio na disputa, uma alegação que o senador nega.
Uma das ações aponta que o "desequilíbrio eleitoral" começou no momento da filiação partidária de Moro com lançamento de pré-candidatura ao cargo de presidente, até o resultado final que o elegeu senador pelo União Brasil. Segundo as acusações, foram orquestradas ações para "usufruir de estrutura e exposição de pré-campanha presidencial" para que depois, o ex-juiz migrasse "para uma disputa de menor visibilidade, menor circunscrição e teto de gastos vinte vezes menor, carregando consigo todas as vantagens e benefícios acumulados indevidamente".
VEJA MAIS
Em outra ação, Moro é acusado de utilizar recursos do Fundo Partidário e do Fundo Especial de Campanha, além de outras movimentações financeiras suspeitas, para construção e projeção da própria imagem enquanto pré-candidato de um cargo eletivo no pleito de 2022.
O julgamento está marcado para iniciar às 14h, de forma presencial, no plenário do TRE, em Curitiba. A Corte também reservou a quarta (3) e o dia 8 de abril para continuidade da análise dos processos, mas o julgamento pode terminar antes, dependendo da velocidade dos votos.
Moro foi eleito com 1,9 milhão de votos. A Procuradoria Regional Eleitoral já emitiu parecer favorável à cassação do mandato, em dezembro do ano passado. No mesmo mês, em depoimento presencial no TRE, o senador afirmou que as acusações são levianas e que fez tudo "segundo as regras". Os suplentes dele, Luis Felipe Cunha e Ricardo Augusto Guerra, também são alvo da ação.
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA