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Presidente do Centro Israelita do Pará diz que há propaganda para destruir Israel

Isaac Bentes aborda os mais recentes acontecimentos e dá um panorama geral sobre o conflito a partir do ponto de vista dos judeus

Gustavo Freitas – Especial para O Liberal
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O Grupo Liberal recebeu Isaac Bentes, presidente da Comunidade Israelita Paraense, nesta terça-feira (31) para conversar sobre os desdobramentos da incursão militar na Faixa de Gaza, o aumento de protestos contra Israel e a possível entrada do Hezbollah no conflito.

A entrevista acontece depois que um grupo de muçulmanos no Daguestão, república que faz parte da federação russa, saiu às ruas no último domingo, 29, para caçar judeus. O grupo invadiu a pista de um aeroporto após receber uma informação falsa de um possível avião com passageiros de cidadania israelense no local.

"Tratou-se de uma turma claramente antissemita com intuitos violentos, com intenção de matar judeus pelo simples fato de serem judeus. Obviamente que isso não é espontâneo, trata-se de algo que foi orquestrado e insuflado por alguém", reiterou Isaac.

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Conflito como arma política

Isaac também falou do uso do conflito como ferramenta para líderes se beneficiarem politicamente: "a população menos letrada, menos instruída e muitas vezes mantida no obscurantismo, são manipuladas por populistas, e o Erdogan, [presidente] da Turquia, é um deles. Há manipulação de todos os lados.", completou.

Recentemente, o presidente da França, Emmanuel Macron, declarou que a incursão em Gaza “seria um erro”. A fala se soma à afirmação do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que também classificou como “um erro” a operação militar já iniciada pelo governo israelense.

Sobre as declarações, Isaac afirma: "Os EUA estavam preocupados com essa intercorrência de Israel por receio de cometerem o erro que eles cometeram em algum momento no combate ao terrorismo. Talvez por isso, eles enviaram a Israel um grupo muito qualificado de especialistas em guerra urbana e combate ao terror em cidades. A orientação foi de evitar ataque frontal e total, como se esperava".

Além do Hamas, no sul do Líbano o Hezbollah vem fazendo ameaças de entrar no conflito e tem participado de confrontos frequentes na fronteira com Israel durante as últimas três semanas. O grupo paramilitar é formado por xiitas e é financiado diretamente pelo Irã, que usa o Hezbollah como uma vertente de seu exército para propagar seus interesses na região.

"A priori, parece ser uma tática de forçar Israel a manter tropas no norte sob ameaça de um ataque do Hezbollah, evitando o exército israelense de focar na Faixa de Gaza. Os tentáculos do irã se espalharam pela região, hoje dominam o Líbano, o Iraque, no Iêmen através do Houthis… pode ser que seja para fazer um simulacro de guerra, mas pode ser que haja algo mais perverso por trás disso", finalizou Isaac Bentes.

Na manhã de terça-feira, 31, o Iêmen declarou guerra e lançou mísseis em direção ao Estado de Israel, somando-se à lista de seis países que já realizaram ataques ao território israelense nas últimas três semanas: Gaza, Cisjordânia, Líbano, Síria, Iraque e, agora, Iêmen.

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