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'Infração grave', diz presidente da Petrobras ao criticar vazamento de informações do Conselho

Prates afirma que medidas já estão sendo tomadas para investigar prática e cita "invenção de notícias falsas"

O Liberal
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Por meio de sua conta oficial no Twitter, em publicação na manhã desta quarta-feira (31), o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, negou que tenha dito aos conselheiros da estatal que a exploração de petróleo na Foz do Amazonas sairá em seis meses. A informação foi publicada inicialmente pela colunista de O Globo Malu Gaspar.

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Prates compartilhou um "print" da notícia divulgada no veículo com uma rasura em cima do título dizendo "FAKE". Na rede, ele escreveu: "Esta ‘notícia’ (abaixo) NÃO É VERDADEIRA. Um dos problemas sérios que vamos ter que resolver urgentemente é o vazamento de informações e a invenção de notícias falsas atribuída a ‘fontes do Conselho da Petrobras'”, criticou o presidente da empresa.

"Desde gestões anteriores vem um hábito despreocupado de vazar (sempre para os mesmos colunistas) tudo o que se discute no CA da Petrobras, agora piorado por práticas de desinformação, falsidade ideológica, difamação e quebra de sigilo/distorção intencional de informação privilegiada", continuou o presidente, em uma longa mensagem.

Ainda de acordo com a mensagem de Prates, conselheiros "serão alertados mais uma vez sobre isso e medidas já estão sendo tomadas para investigar esse tipo de prática". "Colunistas que se alimentam dessas fontes, e cultivam o hábito de divulgar sem checar, também terão mais dificuldades a partir das medidas que serão tomadas", adianta o presidente.

Confira a baixo o tweet completo:

 

 

Em sua própria conta, a colunista de O Globo comentou que "o fato de ter vazado não significa que seja mentira. Trata-se de informação de bastidores e que tem interesse público", relata. Segundo a colunista, a informação foi checada com outras fontes que confirmaram ter ouvido a mesma coisa de Prates. "Se houve vazamento, é um problema da Petrobras, não meu", finaliza Malu. Confira a mensagem:

 

 

Sigilo

Prates ainda aproveitou para citar a Lei de Sociedade Anônimas e a Resolução CVM 44, chamando atenção para "o dever de sigilo dos conselheiros administradores".

"A Lei de Sociedade Anônimas e a Resolução CVM 44 determinam que administrador de cia aberta (que é como estão classificados os membros do Conselho) guarde sigilo sobre qualquer informação que ainda não tenha sido divulgada para conhecimento do mercado (art. 155, §1o/art. 8o)", lembra, no Twitter.

Uma das determinações da Política de Divulgação da Companhia, segundo o presidente, é que fica "vedado expressamente" o fornecimento ou comentário na mídia de qualquer informação privilegiada que tenham acesso. Prates ainda declarou que a quebra do dever de sigilo de informação privilegiada é tida como infração grave e passível de sanção por parte da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

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