Parlamentares paraenses do Cidadania aprovam federação com o PSDB

Os dois partidos estarão juntos pelos próximos quatro anos no sistema que estreia nas eleições de 2022

Eduardo Laviano
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O Cidadania aprovou no último final de semana uma federação partidária com o PSDB, após votação em dois turnos.  

No primeiro, a aliança com o Podemos acabou sendo derrotada, enquanto que a decisão no segundo turno teve como resultado 56 votos a favor do PSDB e 47 votos a favor da federação com o PDT. Sete abstenções foram registradas no pleito. 

Sendo assim, o partido caminhará junto com os tucanos na eleição presidencial, em apoio ao atual governador de São Paulo, João Dória, e formará um bloco unitário nas casas legislativas de todo o Brasil pelos próximos quatro anos.

Bancada paraense

Thiago Araújo é deputado estadual pelo Cidadania no Pará e acredita que, nacionalmente, o partido tem buscado construir um arco de alianças para tentar fortalecer a chamada "terceira via", como ficou denominada uma eventual candidatura a presidência da república que seja tão competitiva quanto o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Por enquanto, nenhum dos postulantes passou de dois dígitos nas pesquisas de intenção de voto. 

image Thiago Araújo aguarda orientações do presidente do partido no Pará, Arnaldo Jordy (Ascom/Alepa)

"Concordo com tal medida e acredito ser importante para a construção da política nacional, mesmo tendo impactos e prejuízos em alguns estados. Temos uma boa relação. Sempre tive bons contatos com o PSDB no Pará, principalmente com o grupo do PSDB Belém, que inclusive indicaram a vice-prefeita na minha chapa de 2020. Precisamos aguardar o que irá acontecer no diálogo dos diretórios nacionais, para avançar no diálogo com o presidente [do partido, Arnaldo] Jordy, e tomar nossas decisões baseadas no compromisso que sempre tivemos com a sociedade", afirma.

Capital paraense

Na Câmara Municipal de Belém, o líder da oposição, Matheus Cavalcante (Cidadania) lembra que por muitos momentos da história da política nacional, o antigo PPS, agora Cidadania, e o PSDB, caminharam juntos nas disputas eleitorais, por terem uma afinidade programática.

"E agora, essa união vem com um objetivo maior que qualquer costura a nível municipal e estadual, que é a a construção de uma terceira via fortalecida, para quebrar a polarização que o país vive. A possibilidade de federação partidária é um processo novo nas eleições brasileiras. Então é difícil de se prever os frutos que vamos colher a longo prazo, desse novo sistema. Mas a expectativa é que possamos combater o fisiologismo e fortalecer os projetos", afirma.

Tucanos felizes

Apesar de ainda não oficializada no Tribunal Superior Eleitoral, o PSDB já celebrou a união em publicação via Twitter. Segundo o comunidade do partido, a federação entre Cidadania e PSDB, "pela qualidade de seus quadros, fará a diferença no Congresso e nas próximas eleições presidenciais [...] com essa decisão, o Cidadania se incorpora formalmente, junto o PSDB, na tentativa de uma construção de convergências ainda maior, com o diálogo em andamento entre MDB e União Brasil, com serviços prestados à democracia brasileira". O MDB e o União Brasil seguem em diálogo para uma eventual federação com o PSDB. 

Por enquanto, o senador Alessandro Vieira (Cidadania) ainda não retirou a pré-candidatura à presidência que emergiu após a CPI da covid-19 no Senado. As federações partidárias estreiam nas eleições de 2022 com o objetivo de unir partidos com diretrizes e ideologias similares.

Diferentemente das atuais coligações, porém, as legendas não poderão desmanchar a união após o pleito e devem permanecer alinhadas por quatro anos até que novas eleições ocorram.

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