Nova Lei de Licenciamento Ambiental avança e gera expectativas no setor produtivo do Pará

Para a Fiepa, medida moderniza o ambiente de negócios e impulsiona a economia

Gabi Gutierrez
fonte

Após mais de duas décadas de tramitação no Congresso Nacional, foi aprovado o projeto da nova Lei Geral de Licenciamento Ambiental (PL 2.159/2021), que agora segue para sanção presidencial. O texto estabelece regras mais simples para a concessão de licenças e introduz mecanismos como a Licença por Adesão e Compromisso (LAC), permitindo que o próprio empreendedor, mediante autodeclaração, ateste o cumprimento dos critérios para iniciar atividades de baixo impacto ambiental.

A proposta foi aprovada por 267 votos a favor e 116 contra na Câmara dos Deputados, com forte apoio da bancada paraense: dos 12 parlamentares presentes, 10 votaram “sim” à medida. Agora, a expectativa recai sobre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que poderá sancionar ou vetar parcialmente o projeto. A sanção deve ocorrer em meio a intensos debates entre ambientalistas e representantes do setor produtivo.

Produtividade e segurança jurídica

No Pará, a Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa) vê a aprovação da nova legislação como um marco para o desenvolvimento econômico com responsabilidade ambiental. Em nota, a entidade afirmou que a medida representa “um avanço fundamental para o desenvolvimento sustentável e modernização do ambiente de negócios”.

VEJA MAIS

[[(standard.Article) Aprosoja-MT diz que licenciamento ambiental trará agilidade para obras e produtores]]

image Veja como votaram os deputados do Pará no projeto de licenciamento ambiental
Proposta criticada por ambientalistas segue para sanção presidencial; maioria dos deputados paraenses votou a favor da flexibilização

[[(standard.Article) CNA: licenciamento ambiental moderniza e desburocratiza o país e evita perda de competitividade]]

Segundo a Fiepa, a nova lei irá uniformizar procedimentos, estabelecer critérios técnicos objetivos e adequar exigências ao real impacto ambiental das atividades. "Empreendimentos de baixo risco ambiental, como muitos conduzidos por micro e pequenas empresas, poderão obter licenças de forma mais rápida e segura", afirma a entidade. Outro ponto destacado é a redução de custos operacionais relacionados à espera por licenças, o que, na avaliação da Fiepa, permitirá uma alocação mais eficiente de recursos pelos órgãos ambientais.

A federação também enxerga a lei como estratégica para destravar investimentos em áreas sustentáveis. “Projetos de infraestrutura verde, energias renováveis, economia circular e eficiência energética poderão ser implementados com mais agilidade, sem comprometer os critérios técnicos que regem o licenciamento”, diz a nota.

Joaquim Passrinho defende medidas

O deputado federal Joaquim Passarinho (PL/PA) defendeu as mudanças aprovadas recentemente pelo Congresso Nacional, afirmando que elas não alteram nenhum artigo da legislação ambiental brasileira, considerada por ele “uma das mais rígidas do mundo, especialmente no caso da Amazônia”.

“Alteramos apenas procedimentos para empreendimentos de baixa e média complexidade e com possibilidade reduzida de danos ao meio ambiente”, explicou o parlamentar. Passarinho destacou que, no Pará, há centenas de projetos que acabam engavetados pela lentidão na análise dos órgãos ambientais. Como exemplo, citou a desistência da Cargill em construir um novo porto no estado, após dois anos de espera por uma licença.

“Preservação e desenvolvimento são compatíveis”, afirmou o deputado, criticando também o impasse envolvendo a exploração de petróleo na foz do Amazonas, que, segundo ele, representa “um absurdo” e “um atraso gigantesco”. Passarinho concluiu dizendo que “o que polui e degrada o meio ambiente é a pobreza e a miséria” e que o objetivo das mudanças é garantir “apenas agilidade com responsabilidade”.

 

 

Assine O Liberal e confira mais conteúdos e colunistas. 🗞
Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Política
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

RELACIONADAS EM POLÍTICA

MAIS LIDAS EM POLÍTICA