MST cobra Lula por reforma agrária: 'Soberania nacional só é possível com soberania alimentar'

Movimento usa discurso de Lula sobre soberania nacional para cobrar prioridade à reforma agrária e políticas para a agricultura familiar

Estadão Conteúdo
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O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) divulgou nesta segunda-feira (21) uma carta à sociedade brasileira e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cobrando avanços na reforma agrária. No documento, o movimento faz referência ao recente discurso do presidente sobre soberania nacional, em resposta às tarifas impostas pelos Estados Unidos, para pressionar o governo a enfrentar questões internas.

“Soberania nacional só é possível com soberania alimentar. E a soberania alimentar se constrói com a agricultura familiar camponesa e com a reforma agrária”, afirma a carta.

O MST critica diretamente a lentidão nas ações voltadas à redistribuição de terras. “Após mais de três anos de governo Lula, a reforma agrária continua paralisada e as famílias acampadas e assentadas se perguntam: Lula, cadê a reforma agrária?”, questiona o texto.

Entre as demandas, o movimento pede a retomada de políticas públicas voltadas à agricultura familiar e à aquisição de alimentos. “Cerca de 400 mil famílias assentadas seguem à espera de políticas públicas que existem, mas não chegam à base, para melhorar a produção de alimentos e o desenvolvimento dos assentamentos”, aponta o documento.

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Aliado do governo, o MST relembra o apoio à eleição de Lula em 2022 e pede prioridade para a pauta agrária. “Arrancamos nas ruas e nas urnas uma importante vitória para o povo brasileiro ao elegermos Lula presidente. As forças populares, mulheres, negros e negras, juventude, sujeitos LGBTI+, povos originários e a classe trabalhadora do campo e da cidade foram protagonistas dessa vitória”, afirma.

“Por essa razão, exigimos que o governo se comprometa, de forma real e efetiva, com a destinação de terras e recursos condizentes com as necessidades concretas das famílias camponesas. Assim, confiamos no compromisso histórico do presidente Lula para orientar seus ministérios a atuarem de forma mais célere nessa direção”, completa o texto.

A carta integra a campanha “Para o Brasil alimentar, Reforma Agrária Popular!”, lançada durante a Semana Camponesa, promovida pelo MST em todo o país. A mobilização faz referência ao Dia do Trabalhador e da Trabalhadora Rural, celebrado em 25 de julho.

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