Mauro Cid ficará em departamento sem cargo nem função, diz Exército

Situação está prevista entre as determinações acordadas pelo ministro Alexandre Moraes, do STF, para que o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro fosse solto

O Liberal
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O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, não irá ocupar cargo ou exercer função no Exército. Ele ficará acondicionado no departamento pessoal. O anúncio foi feito pela corporação neste domingo (10).

Cid, Cid estava preso desde 3 de maio sob custódia em uma unidade militar em Brasília, recebeu liberdade provisória neste sábado (09), após Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), homologar um acordo de delação premiada com a Polícia Federal (PF). 

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Na decisão, Moraes impôs uma série de medidas cautelares que precisam ser cumpridas cumulativamente, entre elas a de que Cid fosse afastado do exercício das funções de seu cargo de oficial no Exército.

"O Centro de Comunicação Social do Exército informa que o Exército Brasileiro cumprirá a decisão judicial expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, e o tenente-coronel Mauro César Barbosa Cid ficará agregado ao Departamento-Geral do Pessoal (DGP), sem ocupar cargo e exercer função", disse o Exército, em nota.

Entenda

A colaboração foi fechada no âmbito do inquérito das milícias digitais, que é a principal apuração contra Bolsonaro no STF e mira os ataques às instituições, a tentativa de golpe e o caso das joias, entre outros pontos.

Moraes também determinou o uso de tornozeleira eletrônica, a vedação de comunicação com outros investigados e mandou suspender o porte de arma do ex-auxiliar de Bolsonaro. Além disso, vetou o uso de redes sociais e o proibiu de sair do país. 

Também o obrigou a se apresentar à Justiça num prazo de 48 horas e, depois, comparecer semanalmente, às segundas-feiras. O magistrado disse que o descumprimento de qualquer uma das medidas alternativas ao cárcere levará à decretação de uma nova prisão.

A delação é um meio de obtenção de prova, que não pode, isoladamente, fundamentar sentenças sem que outras informações corroborem as afirmações feitas. Os relatos devem ser investigados, assim como os materiais apresentados em acordo.

Como a premissa da delação é indicar outros possíveis envolvidos nos fatos apurados, a negociação de Cid tem gerado expectativa no meio político sobre eventuais depoimentos que atinjam Bolsonaro.

Pessoas próximas ao político, que está inelegível, afirmam que o acordo do ex-auxiliar tem potencial para comprometer a imagem do ex-presidente, temem eventuais implicações contra a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e se preocupam com o teor das revelações.

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