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Lívia Duarte representa na PGR contra David Mafra

A vereadora também já havia protocolado, no MPPA, pedido de informações sobre investigações acerca do blogueiro, acusado de mobilizar pessoas para atos antidemocráticos

O Liberal

A vereadora de Belém, Lívia Duarte (PSOL), protocolou representação, nesta segunda-feira (16), junto à Procuradoria Geral da República (PGR), para que se investigue a conduta do influencer paraense David Mafra na articulação de eventos antidemocráticosNa representação, Lívia aponta, conforme informações veiculadas pela imprensa paraense, que David Mafra lidera ou liderou, em algum momento, grupos em aplicativos de mensagens, como Whatsapp e Telegram, nos quais foram organizadas algumas mobilizações relativas a atos antidemocráticos. Mafra seria apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro. 

“A movimentação ocorre desde o fim das eleições de 2022, quando os golpistas não aceitaram a vitória legítima de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas. Entre as mensagens, eles compartilham links de notícias falsas, pedidos de oração e comandos de mobilização de atos antidemocráticos”, explica a vereadora no documento. 

“A conduta do Representado, ao permitir a articulação de atos antidemocráticos em grupos de grande alcance que estão sob sua administração, incita uma insurreição violenta, golpista, que não aceita a alternância de poder contra um governo democraticamente eleito, envolvendo o uso das plataformas citadas para referendar, no círculo de apoiadores, os atos golpistas em Brasília (DF), que foram sabidamente orquestrados dias antes por meio de redes sociais e aplicativos de mensagem”, completa a deputada eleita.

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Lívia já tinha pedido, no último sábado (14), ao Ministério Público do Pará (MPPA) providências acerca do blogueiro, que também se apresenta como empresário, em suas redes sociais. 

No documento, a vereadora solicita ao MPPA: "informações sobre quais providências serão tomadas em caráter de urgência no presente caso em desfavor do cidadão DAVID NOBREGA MAFRA; esclarecimentos sobre quais serão as medidas tomadas a curto, médio e longo prazo sobre os grupos antidemocráticos formados por redes sociais no Estado do Pará; tomar conhecimento das demais diligências que estão sendo direcionadas contra as articulações dos atos antidemocráticos no Estado do Pará, objetivando a prevenção efetiva  contra atos terroristas e na garantia da democracia no Estado".

Ainda no sábado, dia 14, David Mafra publicou um vídeo, em seu perfil do Instagram, em que se dirige à vereadora e nega que estivesse ligado à articulação desses atos. Segundo o blogueiro, o grupo de Whatsapp referido por Lívia foi criado ainda durante a campanha eleitoral do ano passado, quando ele se candidatou ao cargo de deputado federal, para mobilizar eleitores, e que ele, Mafra, nada tem a ver com o que está sendo dito no grupo depois disso, mesmo que o link de convite para o grupo continue em divulgação no seu perfil

“Essa sua atitude fala mais de você do que de mim, você sabe que eu não tenho nada a ver com isso, mesmo assim foi ao Ministério Público para tentar, de alguma maneira, macular a minha imagem ou tentar me prender e a democracia não é isso, não é calar meu oponente ideológico na marra, a democracia pressupõe debate, pressupõe contraditório”, frisou, no vídeo. 

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