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Grupo que seria liderado por David Mafra estaria mobilizando atos terroristas no Pará; ouça o áudio

Com 230 participantes, o grupo no aplicativo de mensagens instantâneas teria comandos de mobilização e compartilhamento de notícias falsas

O Liberal

Um grupo de aplicativo de mensagens estaria reunindo mobilizações terroristas no Pará, supostamente liderado pelo blogueiro David Mafra, apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). As ações sucedem os atos promovidos por seguidores radicais do ex-mandatário em Brasília. Com informações do site BT Mais.


Em um dos áudios compartilhados no grupo, um dos participantes, que não foi identificado pelo site, fala que a missão dos manifestantes agora é “estrangular a economia”. A recomendação veio após a prisão dos terroristas que vandalizaram os prédios dos Três Poderes em Brasília no último domingo (8).

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“Agora estamos montando um grupo de pessoas que vão pra guerra. Se você não aguenta, não vem. E é o seguinte: a primeira coisa a fazer é sair da frente dos quarteis. Não adianta. Já provou que não adianta. Agora é a gente estrangular a economia. Não precisa quebrar nada. Feche as empresas, os irmãos caminhoneiros já estão travando tudo. Vai ficar um colapso, vai colapsar geral. Aí as forças vão ter que vir com o povo. Está certo? Então essa é a missão daqui pra frente. Precisa estrangular isso daí em todos os lugares. Porque senão a coisa não vai mudar”, diz o áudio.

A reportagem apurou que um dos grupos se chamaria "David Mafra 3", criado no dia 11 de novembro do ano passado. Nele, vários dos 230 participantes seriam responsáveis por publicar comandos de mobilização de atos antidemocráticos. Além disso, haveria ainda o compartilhamento de links de notícias falsas e pedidos de oração.

Desde o fim das eleições, essa movimentação vem ocorrendo, conforme apurou o site. Isso porque muitos apoiadores mais radicais de Bolsonaro não aceitaram a derrota nas urnas e questionaram a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência, inclusive fechando estradas e rodovias e fazendo mobilizações em várias cidades.

Após a repercussão da denúncia, Mafra publicou um vídeo em suas redes sociais, no qual diz que não administra o grupo, que, segundo ele, foi criado na época da campanha eleitoral, quando se lançou para deputado. Mafra afirma, sobre o grupo: “nem sei o que acontece lá”. E disse que sempre defendeu “o estado democrático de direito”.

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