Juíza federal assume no TRE do Pará e alerta sobre riscos à democracia

Magistrada lista entre os perigos à lisura do processo eleitoral o poder econômico e as fake news

O Liberal
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A juíza federal Carina Cátia Bastos de Senna alertou que tanto a democracia como a lisura do processo eleitoral estão sob ameaças, entre as quais o abuso de poder econômico e político, a ausência de educação política e a disseminação de fake news. O aviso foi dado em discurso de posse, na manhã desta terça-feira (22), quando ela se tornou membro efetivo do Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

“Além dos questionamentos sobre a legitimidade das próprias instituições políticas para expressar a soberania popular e a apatia política, são diversas as ameaças à lisura no processo eleitoral e à democracia, como o abuso de poder econômico e político; a ausência de educação política na formação do cidadão comum; os desafios próprios da internet e da sociedade em rede; as indigitadas fake news; e a chamada era do Príncipe Digital, com novas instâncias de poder e influências não necessariamente decorrentes de forças econômicas, cujo controle nas redes sociais oferece enormes dificuldades, e suas várias implicações na comunicação política”, ressaltou a magistrada, que é baiana.

Titular da 12ª Vara, especializada em Juizado Especial Federal (JEF), Carina Senna foi designada para ser a representante da Justiça Federal no TRE, no biênio 2021/2023, após ter seu nome aprovado, à unanimidade, pela Corte Especial Administrativa do Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Ela substituirá o juiz federal Sérgio Wolney de Oliveira Batista Guedes, da 10ª Vara, que agora passa a exercer a suplência.

A sessão solene virtual de posse foi conduzida pela presidente do Tribunal, desembargadora Luzia Nadja Guimarães Nascimento, presentes ainda o vice-presidente e corregedor Regional Eleitoral, desembargador Leonam Gondim da Cruz Júnior; o juízes de Direito Álvaro José Norat de Vasconcelos e Edmar Silva Pereira; os juízes Diogo Seixas Condurú e Rafael Fecury Nogueira e a procuradora regional eleitoral Substituta, Nathalia Mariel Ferreira de Souza Pereira, além do suplente da Justiça Federal, Sérgio Wolney Guedes.

No discurso de posse, Carina Senna destacou que “o juiz eleitoral não deve ser um juiz alheio e alienado à crise da democracia representativa e às mazelas do sistema político. Deve, ao contrário, ser conhecedor das múltiplas facetas da realidade e contribuir ao regime democrático com rigor técnico, compromisso ético e independência das contingências políticas”.

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