Ibama autoriza Petrobras a perfurar poço exploratório na Foz do Amazonas
Licença permite início de perfuração exploratória em área sensível da Margem Equatorial.

A Petrobras obteve nesta segunda-feira (20/10) a licença ambiental do Ibama para perfurar um poço em águas profundas na região da Foz do Amazonas. A autorização permite à estatal realizar atividades de pesquisa para verificar a presença de petróleo e gás na área, considerada uma das novas fronteiras do setor energético no Brasil. Ambientalistas criticam a decisão, especialmente por ter sido tomada às vésperas da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), destacando-a como um revés para a pauta ambiental.
O bloco FZA-M-059, onde será feita a perfuração, está localizado a cerca de 500 km da foz do Rio Amazonas e 175 km da costa, em mar aberto. A operação, que deve começar imediatamente, tem duração estimada de cinco meses.
Nesta fase inicial, não há extração de petróleo — o objetivo é puramente investigativo, voltado à coleta de dados geológicos para avaliar o potencial da região. Ainda assim, a liberação da licença é vista como uma derrota pelos opositores da exploração na área.
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O processo para obtenção da autorização durou quase cinco anos, envolvendo análises técnicas e negociações com órgãos ambientais. Em agosto, a Petrobras realizou um simulado de emergência sob supervisão do Ibama, última etapa para demonstrar a capacidade de resposta e segurança da operação.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, celebrou a decisão.
“A Margem Equatorial é estratégica para garantir a soberania energética do Brasil. Não podemos deixar de conhecer nosso potencial. Defendemos uma exploração responsável, com base em critérios técnicos rigorosos, seguindo os mais altos padrões internacionais. Nosso petróleo é um dos mais sustentáveis do mundo, com baixa emissão de carbono por barril produzido, além de integrarmos uma matriz energética altamente renovável, referência global”, afirmou o ministro.
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