Flordelis pede apoio à bancada feminina para evitar cassação

A deputada federal Flordelis (PSD-RJ) voltou a repetir que está sendo vítima de uma "perseguição" e aproveitou a realização de um seminário virtual da Secretaria da Mulher da Câmara, na última sexta-feira (19), para pedir apoio da bancada feminina contra a cassação de seu mandato. A sessão debateu a violência política contra as mulheres nas eleições deste ano.

Ela voltou a negar envolvimento na morte do marido, o pastor Anderson do Carmo, e disse que vai provar sua inocência no caso. “Eu vou provar que não cometi tal ato, agora daí a tirar meu direito de parlamentar, de falar, de trabalhar como parlamentar até ser julgada. Eu não fui julgada, estou senão acusada. Quero pedir o apoio de todas as mulheres da bancada feminina. Eu tenho certeza de que a perseguição é política”, declarou.

Flordelis repetiu que as acusações contra ela são absurdas. “O processo andou em sigilo absoluto. Passei a ter acesso há uma semana. Quem tem acesso vê que as acusações contra mim não têm nada a ver, são acusações absurdas”, disse.

Pouco antes, a juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce, da 3ª Vara Criminal de Niterói, havia atendido parcialmente a um pedido do Ministério Público do Rio de Janeiro, que determinou que a deputada seja monitorada por tornozeleira eletrônica e fique em recolhimento domiciliar das 23h às 6h.

Os advogados da deputada apresentaram, no último dia 16, a defesa por escrito à Corregedoria da Câmara em relação a representação contra ela por quebra de decoro parlamentar. Nas próximas semanas, o corregedor deve apresentar o parecer à Mesa Diretora que remete ao Conselho de Ética.

Flordelis e outras 10 pessoas, incluindo filhos do casal, respondem pelo assassinato do pastor na frente de casa em Niterói, em junho do ano passado. Ela também foi denunciada por tentativa de assassinato, porque teria tentado matar o marido envenenado antes de o crime ser consumado com arma de fogo.