Capitão do Exército alega desconhecimento e nega ter monitorado autoridades com Marcelo Câmara

Osmar Crivellati foi ouvido pelo STF na condição de testemunha

Estadão Conteúdo
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O capitão de Exército Osmar Crivellati disse nesta quinta-feira, 17, na condição de testemunha, em audiência no Supremo Tribunal Federal (STF), que não foi informado, nem chamado a participar, de atividades de monitoramento ilegal de autoridades pelo coronel Marcelo Câmara, militar que foi seu superior na assessoria do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Câmara foi acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) no núcleo 2 da trama golpista de "coordenar as ações de monitoramento e neutralização de autoridades públicas", em conjunto com o general da reserva Mário Fernandes.

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Já Crivellati é investigado pela Polícia Federal (PF) por envolvimento no esquema de desvio e venda de joias do acervo da Presidência durante o governo Bolsonaro.

Crivellati prestou depoimento como testemunha de defesa de Câmara e alegou que "em momento nenhum, nunca foi falado em monitoramento" de autoridades. A investigação da PF identificou que Câmara monitorou o deslocamento do ministro do STF Alexandre de Moraes como parte do plano para efetivar um golpe de Estado após a derrota de Bolsonaro nas eleições de 2022.

"O meu conceito de monitoramento, aquilo que eu aprendi e apliquei na minha vida de militar como forças especiais. Para mim, o monitoramento na linguagem militar é colocar os olhos sob determinado objetivo e determinada pessoa. Eu preciso estar fisicamente olhando", responde Crivellati ao ser questionado pelo advogado de Câmara, Eduardo Kuntz, sobre o conceito de monitoramento.

O capitão ainda alegou desconhecimento de que a gestão Bolsonaro tivesse montado uma estrutura de "inteligência paralela" para acompanhar os passos dos seus adversários. Crivellati também negou ter participado de ações de monitoramento sob a liderança de Câmara: "Eu nunca recebi essa missão".

No rol de perguntas respondidas, Crivellati disse que nunca foi convidado a participar das supostas reuniões, na casa do general Walter Braga Netto e no Palácio do Alvorada, nas quais Câmara e outros réus das ações penais da trama golpistas teriam arquitetado os planos de ruptura institucional.

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