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Ex-vereador enterrou R$ 1,5 mi no quintal em Igarapava (SP)

José Eurípedes de Souza é suspeito de agiotagem

Agência Estado

Policiais encontraram mais de R$ 1,5 milhão em dinheiro vivo enterrados no quintal da casa do ex-vereador José Eurípedes de Souza, nesta segunda-feira, 17, em Igarapava, interior de São Paulo. Os maços de cédulas estavam acondicionados em quatro caixas de isopor, enterradas na parte dos fundos do quintal. 

A mulher do ex-vereador, Guejane Emília Flausino, que "tomava conta" do dinheiro, foi presa. Souza já estava detido desde o último dia 6 por suspeita de usura e lavagem de dinheiro. Quando exercia o mandato, ele foi preso e depois condenado por exigir "mensalinho" para aprovar projetos do prefeito da época.

O dinheiro, quase todo em notas de R$ 20, R$ 50 e R$ 100, estava envolto em plásticos para não pegar umidade. Os policiais militares fizeram escavações no quintal para localizar as caixas Após a retirada dos volumes enterrados, eles precisaram levar o montante para um banco para a contagem das notas. A soma totalizou R$ 1.545.939,00. 

De acordo com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual, o ex-vereador é acusado de agiotagem. Ele fazia empréstimos com juros extorsivos a moradores da cidade e não declarava os rendimentos.

As buscas na casa foram autorizadas pela Justiça no decorrer das investigações da Operação Agio, que levou à prisão de Souza. A mulher, que estava no imóvel no momento da apreensão, foi considerada cúmplice do marido. 

Segundo o Gaeco, o ex-vereador utilizava empresas de familiares e amigos para "lavar" dinheiro, incluindo lojinhas de R$ 1, espalhadas pela região de Igarapava e cidades do sul de Minas Gerais. Outros familiares do suspeito são investigados. A advogada do casal, Maria Claudia Seixas, foi contatada pela reportagem e sua assessoria informou que ela daria retorno oportunamente. 

'Mesada'

Em 2015, o ex-vereador foi condenado pelo envolvimento num esquema de "mesadas" exigidas pelos vereadores para aprovar projetos de interesse do Executivo. O caso, denunciado em 2009, ficou conhecido como "mensalinho de Igarapava". 

Outros quatro vereadores à época também acabaram condenados. Souza recebeu pena de 5 anos e 8 meses de prisão, mas recorreu em liberdade. Em março deste ano, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) reduziu a pena para 2 anos e 8 meses de prisão em regime semiaberto.

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