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Ex-prefeito agride servidores durante tumulto na Câmara de Salinópolis; assista

Vídeo mostra o momento em que Paulo Henrique Gomes parte pra cima do vereador Eron. Em seguida, ele e outras pessoas invadem a Câmara, gerando tumulto

O Liberal

O ex-prefeito de Salinópolis, Paulo Henrique Gomes, se envolveu em uma confusão na manhã desta quarta-feira (9), na Câmara Municipal da cidade. Vídeos que começaram a circular nas redes sociais mostram o presidente da Câmara, vereador Eron Carvalho, conversando com o pai de Paulo Henrique, o também ex-prefeito Di Gomes, na entrada da sede do Poder Legislativo. Nesse momento, o outro ex-gestor da cidade chega e agride o parlamentar.

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Em outro vídeo, Paulo Henrique, acompanhado de várias pessoas, entra na Câmara, provocando um grande tumulto. O caso foi registrado minutos antes da realização de uma audiência pública para discutir o pagamento dos precatórios da área de educação do ano de 2016.

Prefeito da cidade, Kaká Sena (PL) gravou um vídeo, ao lado de Eron Carvalho e de secretário municipais, para falar sobre o assunto:

“Quero deixar uma mensagem ao povo de Salinas, aos políticos de Salinas, para mostrar pra vocês quem é essa gangue que não aceita estar fora do poder. Hoje, armaram um tremendo circo, a ponto de agredir autoridades, de dar um murro na cara do presidente da Câmara, de agredir uma mulher, uma secretária".

"E vieram aqui para fazer um circo do jeito que eles gostam, porque a audiência pública foi provocada pelo Sintepp [Sindicato dos Trabalhadores e das Trabalhadoras em Educação Pública do Pará]. O interesse é do Sintepp e do TCU [Tribunal de Contas dos Municípios], que quer saber do dinheiro do precatório, dos R$ 28 milhões que foram lesados em Salinas. Ia ser esclarecimento, e a gente tendo que estar coagido porque nem a Polícia faz o seu serviço direito. Chegou ao limite que a gente não queria que chegasse, porque estou recebendo ameaças de morte. Sábado agora foi preso um capanga do ex-prefeito, com silenciador, uma arma, uma luva, uma algema, máscara. Ele ia pro parquinho com esse aparato? Não, queria matar alguém com certeza, porque isso a gente só vê em filme”, disse Kaká.

Segundo ele, o homem preso foi solto logo depois. “Abram os olhos de vocês para saber quem são esses políticos que não querem sair do poder”, completou, afirmando que a gestão vai “até a última instância contra todos os crimes cometidos” e também contra o fato ocorrido na Câmara.

“É inadmissível um cara que não manda mais em nada vir aqui dar um murro na cara de uma autoridade do município”, afirmou.

“Vamos juntos até o último dia que o povo quiser que a gente fique aqui e não vou abaixar a cabeça”, continuou, dirigindo-se em seguida ao ex-prefeito envolvido na confusão. “Não aceitou que eu mandasse, que a gente fizesse um trabalho digno, que respeitasse o funcionário público. Não aceitou que eu fizesse do meu jeito”, completou.

Kaka afirmou também que o agora adversário político vai pagar pelos seus atos: “É muito sério o que nós estamos vivendo em Salinas. É a população que espera um trabalho da nossa gestão e a gente tem que viver com medo, acuado? Não, eu não vou fazer isso”.

Presidente da Câmara também se manifesta

Presidente da Câmara, Eron Carvalho afirmou que o vídeo gravado pelas autoridades era uma “nota de repúdio” diante dos últimos acontecimentos. “Fomos agredidos, não só eu, foi a secretária, foi o secretário, acho que a comunidade toda de Salinópolis foi agredida essa manhã. Tem que respeitar a Câmara Municipal, porque é aqui que tem a competência de ver as contas de ex-prefeito, ver onde está sendo investido recursos públicos, se está sendo investido com responsabilidade, com transparência. É pra isso que vocês votaram nos vereadores”, completou.

Ele também afirmou que serão tomadas providências contra a agressão praticada e a invasão na Câmara Municipal. “Quem não deve, não teme. Se as contas dele estivessem certinhas, ele não estaria armando todo esse circo para barrar uma audiência pública. Era uma reunião de esclarecimento. Ele teve a oportunidade de vir aqui esclarecer para o povo que as contas estavam certinhas, com lisura”.

Defesa

Procurado, Paulo Henrique Gomes informou que não foi chamado, mas fez questão de se apresentar na Câmara para responder às acusações feitas. “Só que quando nós chegamos, tinha um segurança, com a porta fechada”, declarou. Segundo o ex-prefeito, dez professores e três secretários municipais estavam do lado de dentro, mas não houve permissão para abrir a porta ou a janela para que a população pudesse acompanhar as discussões.  “Foi aí que houve um bate-boca, porque eles queriam determinar quem ia entrar”.

Paulo Henrique afirmou também que, nesse momento, o seu pai, Di Gomes, foi até o presidente da Câmara tentar argumentar. “Mas começou com xingamentos morais ao meu pai. Eu escutei nessa hora e é no momento que eu chego e tem aquele empurrão, aquele momento todo ali. A gente vai ter que responder por isso, mas se deu porque nós fomos para a audiência e ele disse pra mim e meu pai que nós éramos dois ladrões do dinheiro público. O rumo tomou outra proporção. Houve excesso dos dois”, argumentou.

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