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Eleições: sites que criam áudios com vozes de candidatos será novo desafio no combate às fake news

As equipes jurídicas dos pré-candidatos à Presidência vêm montando grupos para monitorar o alastramento de notícias falsas

Luciana Carvalho
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Ferramentas que permitem a criação de áudios e vídeos na internet simulando imagem e voz de personalidades, incluindo políticos, expõem uma nova vertente para a desinformação e potenciais danos provocados pela circulação de fake news durante o processo de campanha eleitoral. A tecnologia surgiu há pelo menos cinco anos nos Estados Unidos, mas só de um ano para cá que o mecanismo passou a ter a versão em português. As informações são do portal O Globo.

O Globo conseguiu encontrar quatro sites na internet que possibilitam a criação de locuções em deepfake com vozes reais, basta ao usuário digitar o texto e clicar no botão. Dois desses sites possuem geradores de vozes de políticos brasileiros, incluindo Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e o deputado estadual Arthur do Val (sem partido) também tiveram as vozes clonadas. Youtubers famosos, como Felipe Neto, e jornalistas também estão na lista.

De acordo com a coordenadora-adjunta do Grupo de Apoio sobre Criminalidade Cibernética do Ministério Público Federal (MPF), a procuradora Neide Cardoso, os chamados deepfakes são difíceis de rastrear, ou seja, pode ser complicado para um candidato atingido retirar a gravação falsa do ar ou mesmo conseguir a punição do responsável pela desinformação. Segundo ela, uma das preocupações das autoridades eleitorais é o fato de que algumas ferramentas estão hospedadas fora do Brasil.

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"Estaremos sempre sujeitos a isso, porque não há tempo hábil (durante a campanha eleitoral) para pedir cooperação internacional e a retirada desse conteúdo do ar. O dano é inimaginável. Por mais que se desminta, o resultado da retratação nunca vai ser o mesmo", afirmou Neide.

As equipes jurídicas dos pré-candidatos à Presidência vêm montando grupos para monitorar o alastramento de notícias falsas,embora ainda não tenham estratégias específicas para combater as deepfakes. Profissionais consultados pelo O Globo, dizem ainda não saber o que fazer caso sejam disseminadas falsas declarações com vozes clonadas de seus candidatos.

(Luciana Carvalho, estagiária, sob supervisão de Tainá Cavalcante, editora web de OLiberal.com)

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