Deputados aprovam anistia a partidos com irregularidades; veja como cada parlamentar votou
Siglas com irregularidades na prestação de contas ou descumprimento de cotas não pagarão multas ou terão fundo suspenso, segundo o texto

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (16), a anistia aos partidos políticos que apresentaram irregularidades nas prestações de contas ou cumprimento das cotas de gênero e raça nas últimas eleições. Agora, o texto segue para uma comissão especial, depois ao plenário e, por último, caso aprovado, ao Senado.
Segundo o texto, as siglas irregulas serão isentas de pagamento de multas ou suspensão do Fundo Partidário e do Fundo Especial de Financiamento de Campanha. A proposta também autoriza os partidos a arrecadarem recursos com empresas para quitar dívidas com fornecedores feitas até agosto de 2015.
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De acordo com o autor da PEC 9/23, deputado Paulo Magalhães (PSD-BA), a proposta é necessária para estabelecer um “marco inicial” para a aplicação das sanções previstas na Emenda Constitucional 117. Aprovada em 2022, a emenda determinou que os partidos políticos devem destinar, pelo menos, 30% do fundo eleitoral para candidaturas femininas e de pessoas negras.
Opiniões divididas
O deputado Tarcísio Motta (Psol-RJ) se manifestou contrário à PEC e classificou-a de “vergonhosa”. “Anistia não só os problemas que aconteceram por conta da Emenda 117. Ela é vergonhosa também porque anistia todas as eleições anteriores, todos os problemas de prestação de contas de partidos”, disse. Mota acrescentou que a proporção de mulheres no Legislativo brasileiro é inferior à da Arábia Saudita, país que impõe uma série de restrições às mulheres.
Já o deputado Éder Mauro (PL-PA) é favorável à proposta. Para ele, a Emenda 117 não obedeceu o princípio da anualidade. “Alteração no processo eleitoral não se aplica em eleição que ocorra em até um ano da sua vigência. Isso evita casuísmos, surpresas e prejuízos a partidos e candidatos e até mesmo a eleitores”, afirmou.
Veja quem votou sim
- Capitão Augusto (PL-SP)
- Carlos Jordy (PL-RJ)
- Coronel Fernanda (PL-MT)
- Del. Éder Mauro (PL-PA)
- Delegado Ramagem (PL-RJ)
- Jorge Goetten (PL-SC)
- Julia Zanatta (PL-SC)
- Pr. Marco Feliciano (PL-SP)
- Robinson Faria (PL-RN)
- Rosângela Reis (PL-MG)
- Yury do Paredão (PL-CE)
- Pastor Eurico (PL-PE)
- Antonio Carlos R. (PL-SP)
- Alencar Santana (PT-SP)
- Bacelar (PV-BA)
- Flávio Nogueira (PT-PI)
- Helder Salomão (PT-ES)
- Gleisi Hoffmann (PT-PR)
- Rubens Otoni (PT-GO)
- Lindbergh Farias (PT-RJ)
- Rubens Pereira Jr. (PT-MA)
- Rui Falcão (PT-SP)
- Delegado Marcelo (União-MG)
- Tião Medeiros (PP-PR)
- Julio Arcoverde (PP-PI)
- Lázaro Botelho (PP-TO)
- Aguinaldo Ribeiro (PP-PB)
- Covatti Filho (PP-RS)
- Cobalchini (MDB-SC)
- Juarez Costa (MDB-MT)
- Renilce Nicodemos (MDB-PA)
- Delegada Katarina (PSD-SE)
- Diego Coronel (PSD-BA)
- Paulo Magalhães (PSD-BA)
- Waldemar Oliveira (Avante-PE)
- Zé Haroldo Cathedral (PSD-RR)
- Lafayette Andrada (Republicanos-MG)
- Marcelo Crivella (Republicanos-RJ)
- Murilo Galdino (Republicanos-PB)
- Roberto Duarte (Republicanos-AC)
- Silvio Costa Filho (Republicanos-PE)
- Fausto Santos Jr. (União-AM)
- Dr. Victor Linhalis (Pode-ES)
- Maria Arraes (Solidaridade-PE)
- Gervásio Maia (PSB-PB)
Veja quem votou não
- Alfredo Gaspar (União-AL)
- Kim Kataguiri (União-SP)
- Mendonça Filho (União-PE)
- Rosângela Moro (União-SP)
- Gerlen Diniz (PP-AC)
- Gilson Marques (Novo-SC)
- Deltan Dallagnol (Pode-PR)
- Tabata Amaral (PSB-SP)
- Sâmia Bomfim (Psol-SP)
- Tarcísio Motta (Psol-RJ)
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