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CTB Pará vai aderir a ato nacional contra a reforma administrativa e privatizações estatais

Presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil - CTB/PA afirma que ainda não definiu qual será a estratégia da entidade paraense.

Natalia Mello

A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB/PA) confirmou que irá aderir à manifestação de greve geral convocado pelas centrais sindicais brasileiras para o dia 18 de agosto. O objetivo é que servidores municipais, estaduais e federais protestem contra a reforma administrativa proposta pelo governo federal e as privatizações de estatais. O presidente da CTB/PA, Cleber Rezende, informou a redação do Grupo O Liberal que ainda estão sendo definidas as estratégias regionais para a data do ato.

“Vamos participar das atividades dia 18 e já estamos articulando e mobilizando contra a reforma administrativa e as privatizações das estatais brasileiras”, pontuou Cleber. Em suas palavras, o representante da entidade avalia a reforma administrativa como nociva à população brasileira e que, ao invés de desmontar e enfraquecer o serviço público, a Proposta de Emenda Constitucional 32 faz exatamente o inverso: enfraquece o serviço ofertado o ofício do trabalhador e, em consequência disso, reduz a qualidade do serviço ofertado ao povo.

“Temos que fortalecer, não enfraquecer. Sabemos que o serviço público precisa ser melhorado e ampliado, que são necessários mais equipamento e eficiência para que a população seja melhor atendida, mas a PEC 32 faz o contrário. Ela pretende desmontar e enfraquecer o serviço público para entregá-lo à iniciativa privada. Ela acaba com os concursos públicos, com os planos de cargos e carreiras, diminui os salários e ataca a estabilidade, deixando todos vulneráveis à vontade dos seus superiores”, ressalta Cleber.

Ainda de acordo com a CTB, classes profissionais, como servidores públicos, professores, enfermeiras, todos são prejudicados pela PEC 32. Ele ressalta ainda que o principal atingido será o cidadão que necessita de saúde pública de qualidade, por exemplo. “Na prática, o texto da PEC acaba com a estabilidade do servidor e privilegia as indicações políticas. Foi a estabilidade que possibilitou que servidores concursados denunciassem irregularidades na compra da Covaxin e as práticas do ex-ministro Salles. Nós, da CTB, estamos na defesa do serviço público e contra mais essa cruel proposta de Bolsonaro, somamos à luta contra a PEC 32”, conclui.

A CTB/PA reúne sindicatos de servidores públicos civis do Pará e sindicatos de serviços públicos municipais, como de Marabá, Óbidos e Castanhal. A entidade informou que ainda está definido se realizará uma greve nos ônibus, ou uma caminhada, ou a paralisação de algum setor de serviços.

Membro do corpo executivo da Central Sindical Popular (CSP-Conlutas), Rose Pantoja afirma que a organização também vai aderir e que está programando um ato para a próxima terça-feira (10). “Estamos na organização, convocando as demais sindicais. Queremos, na semana que vem, explica para a população o que significa a reforma e por isso estamos convocando as demais centrais. Todo mundo está sinalizando que estará presente. Para o dia 18 ainda estamos definindo qual a melhor estratégia, mas vai ter ato”, concluiu.

Brasil

Nesta quarta-feira (4), começaram as mobilizações para algumas manifestações, programadas para ocorrerem na Esplanada dos Ministérios e no pátio do Museu Nacional. A greve foi definida após assembleias realizadas na quinta (29) e na sexta-feira (30). A categoria dos servidores deve voltar a se reunir a partir desta semana para organizar a greve que, segundo as centrais, será em todo o país. Eletrobras – estatal do setor de energia – e Correios estão entre as organizações que aparecem com propostas de privatização.

Para o diretor da CUT e da Condsef (Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal), Pedro Armengol, a reforma administrativa não trará prejuízos somente aos servidores, mas também ao serviço público como um todo. "A reforma administrativa é muito mais danosa à população do que aos próprios servidores. Na essência, a PEC 32 vai reduzir a capacidade do Estado em políticas públicas básicas como saúde, saneamento e educação. Tudo isso vai para o setor privado, que não vai prestar serviço gratuito. Só quem pode pagar vai ter acesso, e a maioria da população não tem dinheiro para pagar", disse.

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