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CPI terá nesta semana depoimentos de Campelo, Witzel, Wizard e de auditor do TCU

Sétima semana da CPI terá depoimentos importantes. Senadores falam em prorrogar trabalhos por mais 90 dias

THIAGO VILARINS - SUCURSAL DE BRASÍLIA (DF)

São 45 dias da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 e, pela primeira vez, os senadores admitiram em prorrogar por mais três meses os trabalhos. Nesta sétima semana de CPI, depoimentos importantes devem compor as investigações. Hoje (15), o colegiado recebe o ex-secretário de Saúde  do Amazonas Marcellus Campelo. Após o habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ao governador  Wilson Lima, para que ele não prestasse depoimento ao colegiado, os senadores da comissão pretendem aprofundar a investigação sobre a crise de oxigênio no Amazonas pelo depoimento de Campelo.

O ex-secretário é investigado por desvio de recursos na saúde do Estado  junto com o governador Wilson Lima na operação Sangria, da Polícia Federal. Marcellus Campelo pediu demissão do cargo no dia 7 deste mês. Ele chegou a ser preso no dia 2 de junho na operação da PF, mas foi solto no mesmo dia porque o prazo da sua prisão temporária expirou. Apesar disso, ele continua no governo do estado. Atualmente é coordenador da Unidade Gestora de Projetos Especiais, responsável pelo Programa Social dos Igarapés em Manaus.

A CPI deve questionar o ex-secretário sobre os desvios de recursos na sua gestão, a falta de oxigênio para atender pacientes durante a crise da pandemia em janeiro deste ano, a comunicação com o governo federal e o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.  durante o colapso no Estado e as recomendações do Planalto para o uso de cloroquina e ivermectina como tratamento precoce para a covid-19.

Amanhã (16), a CPI vai ouvir o ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel, que perdeu o cargo por supostas irregularidades. Antigo aliado do governo Bolsonaro, a expectativa é que o ex-governador do Rio de Janeiro assuma uma postura que desfavoreça o governo federal. Crítico às posturas do Planalto no combate à pandemia, Witzel tem classificado tais condutas como "negacionistas". Wilson Witzel, primeiro governador a ser cassado no País, sofreu impeachment após investigação da Polícia Federal atestar desvios de recursos da saúde em sua gestão durante a pandemia.

Na quinta-feira, é a vez do empresário Carlos Wizard prestar depoimento. Chegou a ser cogitado pelos integrantes da CPI uma condução coercitiva do empresário, já que este se negava a responder às solicitações da Comissão. Por morar em Orlando, na Flórida, Wizard havia alegado que não poderia comparecer ao colegiado para prestar depoimento. Nos bastidores, Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI, sinalizou contrário ao que o empresário afirmou. Disse que ele estará na Comissão no dia marcado. Informou também que as tratativas para trazê-lo já estão em sua fase final. Ou seja, muito possivelmente o empresário depõe na CPI.

Um outro nome é esperado para quinta-feira, como plano B: auditor do Tribunal de Contas da União (TCU), Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques. Alexandre é o autor de um estudo paralelo, inserido no sistema do Tribunal. O documento é falso e o próprio TCU informou isso em nota. Ele inventou que haveria uma conspiração para superfaturar o número de mortos por Covid no País. Bolsonaro utilizou este estudo para dizer que os Estados e municípios estariam se aproveitando do numero de mortes para conseguir aumentar a arrecadação, uma espécie de desvio de dinheiro público do governo federal para combater a pandemia.

Encerrando a semana, os médicos Ricardo Dimas Zimmermann e Francisco Eduardo Cardoso Alves foram convocados à CPI da Covid e devem se apresentar ainda na sexta-feira. A convocação deles se dá pelo fato de terem pregado tratamento precoce contra a covid-19 na base de ivermectina e Cloroquina, ambos sem comprovação de eficácia. De acordo com relatórios da Comissão, por serem defensores de um suposto tratamento precoce contra o novo coronavírus e utilizarem seus postos de profissionais da saúde e redes sociais para propagar o “kit covid”, eles precisam depor.

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