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Confronto de concepções e pedidos de direitos de resposta marcam debate na TV Liberal

Edmilson Rodrigues e Delegado Eguchi debateram na TV Liberal

Abilio Dantas

O último debate televisivo do segundo turno das eleições entre os candidatos à Prefeitura de Belém, exibido nesta sexta-feira (27) pela TV Liberal, foi marcado pelo confronto de ideias e concepções de gestão pública. Edmilson Rodrigues (PSOL) e Delegado Federal Everaldo Eguchi (Patriota) divergiram sobre o que fazer para áreas fundamentais da administração municipal, como saúde pública na pandemia, segurança, educação, garantia de renda, saneamento, combate à corrupção e saneamento. O programa foi dividido em três blocos, com os concorrentes perguntando livremente ou a partir de temas sorteados.

Com início às 22h40 e uma hora de duração, o encontro mediado pelo jornalista Fabiano Vilela teve momentos tensos, com questionamentos sobre a biografia dos candidatos e acusações. Cinco pedidos de resposta foram feitos a partir de falas que foram entendidas como ofensivas, mas apenas dois foram concedidos, todos em benefício do candidato do PSOL. Eguchi fez dois pedidos, porém, todos foram recusados.

O mediador iniciou a transmissão destacando a importância do debate, como “a última oportunidade para que o eleitor possa decidir o seu voto de forma consciente”. O jornalista Fabiano Vilela agradeceu também a presença dos candidatos e expôs as regras aos telespectadores. Conforme acertado anteriormente entre as assessorias dos candidatos, foi detalhado o roteiro: o primeiro bloco foi de perguntas com temas livres; o segundo com tema determinado; e no terceiro e último as perguntas forma novamente de tema livre mais as considerações finais, de até dois minutos.

Durante a primeira etapa, políticas como Bolsa Família e o auxílio emergencial concedido pelo governo federal desde abril, com o intuito de minimizar os impactos econômicos da pandemia, foram os primeiros temas a serem debatidos. Edmilson Rodrigues afirmou que seu adversário havia chamado pessoas que recebem os valores de “vagabundos”. Eguchi respondeu que a fala, que circulou em um vídeo nas redes sociais, havia sido tirada de contexto, e completou dizendo que é a favor do Bolsa Família e dos auxílios. “Eu me referia ao número de pessoas que desviam o dinheiro que seria para essas políticas, inclusive políticos, esses sim são vagabundos e criminosos”, rebateu o delegado federal.

O ex-prefeito e deputado federal, por sua vez, defendeu a implantação do programa Renda Mínima Bora Belém, que propõe o pagamento de uma bolsa de até R$ 450. Em seguida, o candidato do Patriota assegurou que, caso eleito, implantará mais Parcerias Público Privadas (PPPs), como “uma maneira de alcançarmos o dinheiro para fazer investimentos, já que o orçamento da Prefeitura está estourado. Como contraponto, Edmilson afirmou que as parcerias com a iniciativa privada tinham como objetivo “apenas beneficiar os empresários, em detrimento da população mais pobre”.

Quando o assunto foi educação, o candidato do Patriota citou o caso jurídico que envolve compra de livros no governo de Edmilson. Tal como em encontros anteriores, quando o tema também apareceu, o Psolista afirmou que é “ficha limpa” e que, para a educação, pretende implementar medidas como a ampliação do número de bibliotecas públicas e distribuir chips 4G para utilização de alunos das escolas municipais. Na réplica, Eguchi duvidou da capacidade de execução de Edmilson e afirmou que irá investir no aumento da quantidade de escolas em tempo integral e que pagará o piso salarial dos trabalhadores da educação.

O combate à pandemia de coronavírus foi um dos temas em que a polarização entre os dois candidatos ficou mais evidente. Eguchi afirmou que irá seguir o mesmo posicionamento do presidente Bolsonaro: “não teremos ‘lockdown’ a partir de 2021”, afirmou. De acordo com ele, a população das feiras e demais setores comerciais da cidade sofreram com o fechamento durante o bloqueio de emergência, por isso disse que só irá fazer caso seja obrigado pelos especialistas médicos de sua gestão.

“Nós vamos respeitar a ciência e adotar tudo que as autoridades sanitárias determinarem”, rebateu Edmilson. Ele disse também que a preocupação de seu governo será com a prevenção à contaminação pela população mais pobre, já que “os mais ricos podem pegar um jatinho e fazer tratamentos em São Paulo”, afirmou.

Eguchi associou o PT, partido do candidato a vice-prefeito da chapa de Edmilson, Edilson Moura, a crimes de corrupção e também disse que Edmilson foi “o deputado federal do Pará com pior avaliação”. As duas afirmações fizeram com que Edmilson garantisse direitos de resposta.

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